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Não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual: enfoque fenomenológico

Trigueiro, Tatiane Herreira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem 2015-12-14

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual: enfoque fenomenológico
  • Autor: Trigueiro, Tatiane Herreira
  • Orientador: Merighi, Miriam Aparecida Barbosa
  • Assuntos: Enfermagem; Estupro; Pesquisa Qualitativa; Saúde Da Mulher; Nursing; Qualitative Research; Rape; Womens Health
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: a atenção à mulher que experienciou a violência sexual constitui um desafio para os profissionais que a atendem. Quando essa mulher procura o serviço especializado, frequentemente, não continuidade ao seguimento ambulatorial preconizado. Essa evasão do serviço pode trazer consequências negativas para a sua saúde, considerando os riscos relacionados à contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e comprometimento da saúde mental. Objetivo: compreender os motivos da não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a situação de violência sexual. Método: estudo fundamentado na fenomenologia social de Alfred Schütz, realizado com 11 mulheres que experienciaram a violência sexual e foram atendidas em um serviço especializado de Curitiba, Paraná. Para obtenção dos depoimentos, foi utilizado um roteiro de entrevista com as seguintes questões abertas: fale sobre a situação de você ter passado por um episódio de violência, ter iniciado o tratamento e ter faltado às consultas do seguimento ambulatorial. Depois disso tudo que aconteceu, como você está lidando com a situação? Qual a sua expectativa? A organização e análise dos dados foram realizadas com base na fenomenologia social de Alfred Schütz. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, sob o Parecer nº 795.072, de 16 de setembro de 2014. Resultados: a tipificação do vivido da mulher que experienciou a violência sexual e não aderiu ao seguimento ambulatorial mostrou-se como sendo aquela que, ao procurar os serviços da rede de atendimento, não se sente acolhida pelos profissionais que a atendem, revive a violência sofrida na delegacia e sente-se constrangida diante dos profissionais de saúde. Tem dificuldades para recordar a situação de violência, revelando a frágil corresponsabilização entre ela e os profissionais de saúde e dificuldades para aderir aos medicamentos prescritos, devido aos efeitos colaterais. Busca a superação da violência sofrida, contando para isso com o apoio de familiares e amigos. Espera ressignificar sua vida por meio da volta aos estudos e ao trabalho. Conclusões: as evidências produzidas neste estudo a partir da perspectiva das mulheres que experienciaram a violência sexual e não aderiram ao seguimento ambulatorial mostraram aspectos relevantes para serem discutidos por profissionais de saúde, que incluem a articulação entre os serviços que compõem a rede de atendimento e a melhoria do acolhimento no atendimento a essa mulher, valorizando a relação intersubjetiva entre a mesma e o profissional como um caminho para aumentar a adesão ao seguimento ambulatorial. Compreender tal experiência possibilita que a Enfermagem, inscrita entre os diversos núcleos de saberes necessários para o debate e enfrentamento da violência contra a mulher, possa assumir-se como prática social que se dispõe a exercer uma ação política e ética importante, no sentido de se corresponsabilizar no cuidado à mulher que experienciou a violência sexual, de modo que, acolhida, possa empoderar-se no seguimento ambulatorial preconizado para tais casos.
  • DOI: 10.11606/T.7.2016.tde-31082016-132518
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem
  • Data de criação/publicação: 2015-12-14
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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