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Kant e os fundamentos epistemológicos da teoria geográfica da paisagem: possibilidades e limitações

Pacheco, Rodrigo Da Cunha

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2015-08-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Kant e os fundamentos epistemológicos da teoria geográfica da paisagem: possibilidades e limitações
  • Autor: Pacheco, Rodrigo Da Cunha
  • Orientador: Abreu, Adilson Avansi de
  • Assuntos: Epistemologia; Geografia Física; Kant; Teoria Geográfica Da Paisagem; Epistemology; Geographical Landscape Theory; Physical Geography
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: Esta pesquisa busca analisar a filosofia crítica kantiana com dois objetivos básicos: identificar sua articulação com a visão de geografia promovida por Kant através do seu curso de geografia física e determinar os aspectos positivos e negativos que ela oferece para a fundamentação epistemológica do atual paradigma geográfico da paisagem. A hipótese inicial foi que a filosofia crítica poderia embasar a discussão a respeito da fundamentação epistemológica de uma teoria geográfica da paisagem. Ela encontrou que o filósofo teve um intenso relacionamento com o conhecimento geográfico do seu tempo, o qual contribuiu para a formulação de sua filosofia crítica, já que forneceu a fundamentação empírica para suas reflexões. O debate filosófico intenso que Kant provocou, todavia, não se repetiu no campo geográfico. Sua leitura geográfica da paisagem procurava relacionar os elementos no espaço, como as características dos habitantes e seus climas. Não obstante, ela era cheia de limitações devido a sua preferência por uma abordagem universalista e normativa das sociedades, como os pesquisadores fazem no campo das ciências naturais. Sua concepção histórica da sociedade não era suficiente. Esta pesquisa defende que o resultado do método de abordagem geográfica de Kant era falho em alguns aspectos. Ele ignorava o contexto histórico no qual as pessoas viviam e fornecia uma educação geográfica falha, a qual promovia certo determinismo e intolerância racial, como seu curso de geografia física e outros trabalhos indicam. O filósofo reservou um lugar para a geografia em sua arquitetônica do conhecimento, mas não procurou desenvolvê-la ao nível científico. Apesar disso, sua filosofia influenciou outros personagens que viriam a contribuir ativamente para o desenvolvimento da geografia científica e a formação do paradigma geográfico da paisagem. É importante perceber que sua filosofia crítica tem importantes reflexões sobre as características do conhecimento científico e a posição do homem na natureza. Essas questões são relevantes para auxiliar na análise epistemológica da geografia. Este trabalho demonstra ainda que a filosofia crítica kantiana pode contribuir mesmo atualmente para o desenvolvimento do paradigma geográfico da paisagem em seu campo epistemológico, não obstante as limitações do filósofo como um geógrafo (ou mesmo como um cientista social). Esta contribuição pode ser positiva (pela apropriação de alguns raciocínios por ela oferecidos) e negativa (encontrando seus erros e buscando superá-los).
  • DOI: 10.11606/T.8.2015.tde-17112015-122106
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2015-08-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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