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Avaliação da importância da triagem do hipotireoidismo e da suficiência ióidica em gestantes de Ribeirão Preto

Sabrina Maria Saueia Ferreira Léa Maria Zanini Maciel

2011

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Ferreira, Sabrina Maria Saueia )(Acessar)

  • Título:
    Avaliação da importância da triagem do hipotireoidismo e da suficiência ióidica em gestantes de Ribeirão Preto
  • Autor: Sabrina Maria Saueia Ferreira
  • Léa Maria Zanini Maciel
  • Assuntos: GRAVIDEZ; DOENÇAS DA TIREOIDE; IODO (ANÁLISE)
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Distúrbios tireoidianos são comuns em mulheres adultas em fase reprodutiva e se devem, principalmente, à deficiência de iodo ou a alterações imunológicas. As repercussões de uma disfunção tireoidiana na gestação são grandes, tendo em vista as profundas alterações hormonais e imunológicas que ocorrem neste período, bem como a dependência dos hormônios tireoidianos e do iodo maternos evidenciada no feto. Apesar da dificuldade diagnóstica do hipotireoidismo com base na avaliação clínica na gestação, ainda não há um consenso para a triagem rotineira para disfunção tireoidiana na mulher grávida ou em mulheres na fase reprodutiva. Dados recentes têm demonstrado insuficiência iódica em gestantes em países considerados suficientes em iodo. Sendo assim, os objetivos deste estudo foram: 1. verificar a suficiência iódica em gestantes da população de Ribeirão Preto através da dosagem da iodúria e 2. avaliar a importância da triagem do hipotireoidismo gestacional em bases clínicas e através das dosagens de TSH e ‘T IND. 4’. Para tal, foram avaliadas 191 gestantes, com idade de 25,7±5,6 anos, idade gestacional 9,7±2,9 semanas na primeira consulta de prénatal em postos de saúde de Ribeirão Preto. A função tireoidiana foi avaliada através das dosagens de TSH, T±4 livre e T±4 total. Foram verificadas as presenças de anticorpos antitireoglobulina (anti- Tg) e anti-peroxidase (anti -TPO) e a iodúria. De acordo com a avaliação clínica, as gestantes foram divididas em 2 grupos: 1) GRUPO 1 (G1) = grupo sem suspeita de disfunção tireoidiana, no qual as dosagens foram realizadas apenas após o término da gestação da última paciente incluída e 2) GRUPO 2 (G2) = grupo de risco para doença tireoidiana, no qual as dosagens dos hormônios tireoidianos foram realizadas imediatamente após a coleta. Os resultados mostraram que 19 (9,9%) gestantes apresentaram iodúria >250 ug/L, 63 (33%) iodúria na
    faixa normal (150-250 ug/L) e 109 (57,1%) iodúria <150 ug/L. Os valores de iodúria foram comparados com um grupo de mulheres não gestantes, da mesma faixa etária e residentes na mesma área do estudo. Neste grupo, 9 (15,5%) apresentaram iodúria < 100 ug/L, 24 (41,4%) iodúria entre 100-200 ‘mü’g/L, 21(36,2%) iodúria entre 200-300 ‘mü’g/L, e 4 (6,9%) iodúria >300 ‘mü’g/L. Não houve correlação entre as concentrações hormonais e a iodúria nas gestantes. Entre as gestantes com iodúria normal, sem história familiar de doença tireoidiana e sem anticorpos antitireoidianos detestáveis foi estabelecida a faixa de normalidade para os hormônios tireoidianos no 1°. trimestre da gestação. Com base neste critério, foram detectadas 14 gestantes com disfunção tireoidiana [11 com hipotireoidismo subclínico e 3 com hipertireoidismo, sendo 2 hipertireoidismo subclínico e 1 hipertireoidismo declarado]. No G1 foram detectadas 6 gestantes com hipotireoidismo subclínico, 2 gestante com hipertireoidismo subclínico. No G2 foram detectadas 5 gestantes com hipotireoidismo subclínico e 1 gestante com hipertireoidismo declarado. Oito gestantes estudadas (4,1%) apresentavam anticorpos antitireoidianos positivos. Na evolução das gestações ocorreram: hipertensão gestacional (n=14), pré-eclampsia (n=3), descolamento de placenta (n=2), abortos (n=16) e morte fetal (n=2). Não houve diferença entre os grupos, com ou sem disfunção tireoidiana, quanto à presença de complicações na gestação, exceto a ocorrência de aborto que foi mais prevalente no grupo com disfunção tireoidiana (p<0,05). As gestantes com disfunção tireoidiana tiveram uma porcentagem maior de hipertensão gestacional (14,3% vs 6,8%) e de parto prematuro (7,1 vs 4,1%) quando comparados com o grupo sem disfunção tireoidiana, entretanto sem significância estatística. Entre os 175 recém-nascidos do estudo, 10 (7,1%) necessitaram de cuidados
    intensivos, 3 (1,7%) nasceram com malformações, 6 (3,4%) apresentaram insuficiência respiratório. Outras complicações como icterícia, sopro cardíaco, hipertensão pulmonar do recém-nascido, hidrocefalia, doença cística pulmonar congênita e sepse precoce ocorreram, porém essas complicações aconteceram no grupo sem disjunção tireoidiana. Não houve complicações com os recém-nascidos de mães com disfunção tireoidiana. Com base nos critérios da Organização Mundial da Saúde está ocorrendo insuficiência iódica nas gestantes de nossa região, o que aponta para a necessidade da reposição iódica através do uso de complementos alimentares que contenham iodo no pré-natal. Com relação à avaliação clínica das gestantes, a presença de bócio e a história familiar de doença tireoidiana foram fundamentais para se suspeitar de disfunção tireoidiana. A avaliação clínica cuidadosa permitiu detectar 43% das gestantes com disjunção tireoidiana e 25% dos abortos ocorreram nestas gestantes. Considerando que a disjunção tireoidiana sub-clínica tem efeitos deletérios na gestação e no feto e a triagem clínica não permitiu detectar a totalidade dos casos, seria aconselhável a triagem universal das gestantes com TSH, ‘T IND. 4’ e anticorpos antitireoidianos
  • Data de criação/publicação: 2011
  • Formato: 81 p.
  • Idioma: Português

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