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Jogo patológico no gênero feminino : características clínicas e de personalidade

Martins, Silvia Saboia

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2003-08-01

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Jogo patológico no gênero feminino : características clínicas e de personalidade
  • Autor: Martins, Silvia Saboia
  • Orientador: Gentil Filho, Valentim; Tavares, Hermano
  • Assuntos: Comorbidade; Questionários; Mulheres; Jogo De Azar/Psicologia; Inventário De Personalidade; Escalas De Graduação Psiquiátrica; Entrevista Psiquiátrica Padronizada; Correr O Risco; Gambling/Psychology; Questionnaires; Comorbidity; Psychiatric Status Rating Scales; Personality Inventory; Mental Status Schedule; Women
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O número de mulheres com problemas relacionados ao jogo vem experimentando grande crescimento nos últimos anos, a exemplo do que ocorre na dependência de álcool e de outras drogas Esse aumento, de acordo com estudos anteriores, pode ser creditado a variados fatores: a universalização de jogos mais acessíveis para as mulheres (que geram menor preconceito social), como o bingo eletrônico; o fato de mulheres utilizarem o jogo como válvula de escape para as tensões cotidianas e para eventuais crises depressivas; uma progressão média mais rápida (telescoping effect - T.E.) do jogar social ao jogar patológico para mulheres do que para homens. Embora identificado em vários estudos, o T.E. existente em mulheres não foi devidamente analisado em suas possíveis origens. Com vistas a elucidar essa questão, esta tese busca possíveis diferenças entre os gêneros que expliquem o T.E. e que possam ser relevantes para o manejo e tratamento do JP. Comparamos 78 mulheres e 78 homens jogadores patológicos quanto a características sócio-demográficas e clínicas, existência de comorbidades psiquiátricas, preferência por tipo de jogo, personalidade, e perfil de comportamentos de risco. Os instrumentos utilizados no estudo foram: para diagnóstico, a SOGS (South Oaks Gambling Screen) e os critérios diagnósticos do DSM-IV para Jogo Patológico (JP); para investigação de comorbidade, o SCAN (Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry); para estudo de personalidade, o Inventário de Temperamento e Caráter e a Barratt Impulsiveness Scale. Constata-se que há uma maior proporção de solteiros entre as jogadoras do que entre os jogadores, e que jogadoras começam a jogar e têm problemas com jogo com mais idade do que os jogadores. Uma maior proporção de jogadoras do que jogadores preferem jogos eletrônicos e mais jogadoras do que jogadores jogam por escapismo. Mais jogadores têm diagnóstico de abuso/dependência de álcool, ao passo que mais jogadoras têm diagnóstico de depressão. Para um curso acelerado de JP contribuem significativamente, além do gênero, o fato se iniciar com mais idade na atividade de jogar e a preferência por jogos eletrônicos características que, como já se mencionou, estão mais associadas a jogadoras que a jogadores. As diferenças clínicas observadas entre os gêneros levam à necessária conclusão de que essa variável tem que ser considerada para a elaboração de estratégias de prevenção e tratamento de JP, pois são justamente as jogadoras (que apresentam uma progressão mais rápida para dependência, com menor intervalo para uma possível ação preventiva), o grupo que mais resiste a procurar ajuda junto a profissionais de saúde ou a grupos de Jogadores Anônimos (J.A.).
  • DOI: 10.11606/T.5.2003.tde-05042007-110036
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2003-08-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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