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Atos de incorporação: última correspondência com Antonin Artaud

Santos, Renan Dias

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes 2018-11-01

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Atos de incorporação: última correspondência com Antonin Artaud
  • Autor: Santos, Renan Dias
  • Orientador: Yagyu, Alice Kiyomi
  • Assuntos: Subjetividade; Silêncio; Ética E Criação; Corpo E Palavra; Antonin Artaud; Ethics And Creation; Body And Word; Silence; Subjectivity
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas
  • Descrição: Um pesquisador nascido no Brasil em 1990 se depara com as cartas que Antonin Artaud escreveu durante seu período de internação no asilo de alienados de Rodez, na França, e descobre que chegou ao mundo arruinado. Decide não ignorar que sente uma imensa solidão e que, na maioria das vezes, se vê sozinho neste sentimento; que cresceu fingindo prazer e sentindo saudade, mas que já está desanimado até mesmo para sofrer; que a primeira coisa que disse, quando ainda era um bebê, foi: \"Olá, mamãe, eu já sei que você não sou eu, então estou livre!\" - e todos os adultos aplaudiram o espírito inteligente do menino que iria longe. Este pesquisador que nunca foi à Europa, mas está educado a falar com muita lucidez sobre qualquer matéria disponível no Eu e no além-Eu, recebeu três volumes de cartas escritas por Antonin Artaud, quem está morto há setenta anos, e começou então a ouvir dois tipos de silêncio: um que se estende por toda a superfície acima do palavrório, nasce sobre ele e preenche como neblina o espaço entre as ruínas, um silêncio compactuado; e um outro que grita impessoalmente na imensa falta de fundo abaixo das palavras. Não tem escolha: sente necessidade de partir, deseja esquecer Artaud. Ele se atrasa, porque segue com o corpo e abandona o espírito; leva o espírito, deixa cair a língua. Decide agarrar tudo o que vê pelo caminho, leva todas as palavras que encontra pela frente, para despejá-las no abismo de um silêncio público. E as páginas do presente trabalho são este movimento entre dois silêncios, um caminho de palavras arrastadas que ninguém poderá seguir, porque o pesquisador desapareceu sobre si mesmo.
  • DOI: 10.11606/D.27.2018.tde-27122018-114253
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes
  • Data de criação/publicação: 2018-11-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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