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Composição isotópica e processos hidrotermais associados aos veios auríferos do Maciço Granítico Passa Três, Campo Largo, PR

Picanço, Jefferson De Lima

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 2000-09-29

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Composição isotópica e processos hidrotermais associados aos veios auríferos do Maciço Granítico Passa Três, Campo Largo, PR
  • Autor: Picanço, Jefferson De Lima
  • Orientador: Tassinari, Colombo Celso Gaeta
  • Assuntos: Geocronologia; Geoquímica Isotópica; Not Available
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Este trabalho se propôs a discutir a idade e os processos formadores das jazidas auríferas relacionadas com o Maciço Granítico Passa Três, em Campo Largo (Pr), do ponto de vista da Geologia Isotópica e da Geocronologia. O Maciço Granítico PassaTrês é um pequeno corpo tarditectônico, pouco diferenciado, de natureza mesozonal, não sienogranítica, intrusivo em metassedimentos das formações Agua Clara e Votuverava, pertencentes ao grupo Açungui. O Maciço sofreu intensiva alteraçãohidrotermal, com alteração de máficos, sericitização e carbonatização. Comportou-se rigidamente às zonas de cisalhamento, em condições rupteis-ducteis. Estes episódios termais registrados por muscovitas de pegmatitos mostram idades de 604 Ma. Ofracionamento tardi-magmático da fluorita, com a idade de 616\'+OU-\'36 Ma, reflete a idade final de colocação do corpo. Dados de geoquímica e de ETR para amostras mostraram interação entre fontes na crustais e mantélicas na geração do magmagranítico. Os depósitos auríferos na região ocorrem no interior de veios e zonas de cisalhamento associadas ao maciço granitóide Passa Três. O maior destes depósitos está situado na faixa do Barreiro, composto pelas Minas do Morro e do Polaco,com teores médio de 11 g/ton. Os veios situados fora do corpo, ou seja, que intrudem litologias da Fm Água Clara, são estéreis ou sub-econômicos. Na faixa do Barreiro, a jazida está associada a duas associações de veios principais, o veio nortee o veio sul. Estes veios correspondem a veios de quartzo cisalhados, decontínuos, com direção dominante N60W, com caimentos variando desde subverticais até 25º para sul/sudeste. Os minerais de ganga nos veios são quartzo, carbonatos, fluorita,microclínio e sericita-muscovita. Entre os metálicos, pirita, calcopirita e bornita, além de esfalerita, galena, e molibdenita. A fase argílica é representada por illita e clorita. O ouro, com até 11% de Ag, ocorre livre, no interior de ) fraturas de pirita, associado ou não à calcopirita. Os dados microtermométricos os fluidos do quartzo de fragmento do granito encaixante mostraram a presença de um fluido aquo-carbônico, de provável caráter primário, porémmodificado, e um fluido essencialmente aquoso secundário. As temperaturas e pressões para as inclusões aquo-carbônicas, da ordem de 300 a 340ºC e 1,2 Kbar e 3,2 Kbar podem ser indicativas das condições de pressões e temperaturas que atuaramdurante a alteração hidrotermal do granito. Os dados microtermométricos para as inclusões de quartzo da fase distensiva do veio mostraram salinidades baixas, com evidências petrográficas da ocorrência de imiscibilidade, que indicaram uma faixabem definida de temperaturas e pressões, entre 175-225ºC e 0,4 e 0,5 kbar respectivamente. Dados de THf em inclusões secundárias, entre 140 e 180º C, estão provavelmente associados ao episódio de argilização dos veios. Os dados de isótopos de Srde carbonatos, fluoritas e sulfetos da Mina do Morro, concentram-se em 0,711, que seria a razão isotópica do fluido. Os isótopos de C e O nos carbonatos da ganga da mineralização, são provavelmente produto do fracionamento isotópico a partir demármores regionais. Os isótopos de S mostraram evidências de fracionamento que podem indicar proveniência em parte externa. Isótopos de Pb em pirita do depósito mostra a presença de fontes antigas, com idades entre 1,2 e 1,6 Ga com contribuiçãoda crosta ) superior e do embasamento gnaissico-granulítico subjacente. A idade da mineralização aurífera está no intervalo 510-527 Ma, através dos resultados K/Ar em sericitas de zonas de falha (528\'+OU-\'10Ma), Rb-Sr da encaixante mineralizada(526\'+OU-\'23Ma, ri 0,709), Rb-Sr de lixiviados de pirita (510\'+OU-\'13,ri0,711). Reativações tardias de falhamentos mostram idades de 384\'+OU-\'62 Ma, relacionadas provavelmente a reativações posteriores relacionadas com o estabelecimento da baciaCamarinha ou com a cratonização da área. O modelo de jazida como a estudada pressupõe a existência de fluidos provenientes de zonas metassedimentares e de embasamento, com transporte através de zonas de cisalhamento regionais, e deposição emzonas de alívio de tensão. As áreas de deposição de metais são representadas por zonas permeáveis com rochas previamente alteradas hidrotermalmente (granito), gerando condições de deposição do minério e da paragênese sulfetada. O mecanismo dedeposição seria principalmente o rebaixamento de temperaturas e pressões, através de processos de imiscibilidade de fluidos. As evidênicas de circulação de fluidos não só no Maciço Granítico Passa Três, como também nas rochas encaixantesmetassedimentares, podem ampliar os horizontes de prospecção de ouro direcionando-se para alvos nestas rochas ou para os granitóides similares que ocorrem na região.
  • DOI: 10.11606/T.44.2000.tde-31032015-084108
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 2000-09-29
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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