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História natural da rangeliose
Soares, João Fabio
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia 2014-04-24
Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.
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Título:
História natural da rangeliose
Autor:
Soares, João Fabio
Orientador:
Labruna, Marcelo Bahia
Assuntos:
Nambyuvú
;
Amblyumma Aureolatu
;
Cerdocyon Thou
;
Piropalsmose
;
Rangelia Vitalii
;
Amblyomma Aureolatum
;
Nambyuvú
;
Cerdocyon Thous
;
Piropalsmosis
Notas:
Tese (Doutorado)
Descrição:
O protozoário Rangelia vitalii, um piroplasma patogênico para cães, foi descrito no inicio do século XX, porém, apenas recentemente, a espécie foi validada por técnicas de biologia molecular. Observações epidemiológicas têm levado a suspeitar que os carrapatos Rhipicephalus sanguineus e Amblyomma aureolatum sejam potenciais vetores de R. vitalii, muito embora, nenhum estudo tenha, até o momento, comprovado o papel de algum carrapato como vetor de R. vitalii. Desta forma, o presente projeto objetiva: 1- Avaliar a transmissão transovariana de R. vitalii em carrapatos das espécies A. aureolatum, R. sanguineus, Amblyomma ovale, Amblyomma tigrinum e Amblyomma cajennense. 2- Avaliar a perpetuação transestadial de R. vitalii em todos os estágios biológicos das espécies citadas acima; 3- Avaliar a capacidade de larvas, ninfas e adultos de A. aureolatum e R. sanguineus em transmitirem o protozoário R. vitalii para cães, durante o parasitismo; 4- Avaliara a presença do agente em canídeos silvestres das espécies Cerdocyon thous e Lycalopex gymnocercus; 5- Avaliar a capacidade de uma fêmea gestante de Canis lupus familiaris em transmitirem de forma vertical o agente; 6- Conhecer as áreas de distribuição da R. vitalii a partir da pesquisa de casos suspeitos; 7- Avaliar as alterações clínicas e hematológicas dos cães infectados, via carrapato ou inoculação. Para tal, cães foram experimentalmente infectados com cepas patogênicas de R. vitalii oriundas do Rio Grande do Sul. Larvas, ninfas e adultos de R. sanguineus, A. aureolatum, A. ovale, A. tigrinum e A. cajennense foram levados a infestar esses cães infectados, e posteriormente, após ecdise ou postura de ovos em incubadora, os estágios biológicos subsequentes foram testados por PCR para presença de DNA de R. viatlii e levados a infestar cães não infectados, a fim de se verificar a transmissão de R. vitalii. Além disso, foi pesquisado a presença de R. vitalii em cães domésticos e canídeos silvestres das regiões Sul e Sudeste. Os resultados obtidos permitiram adquirir uma melhor compreensão da epidemiologia da rangeliose canina, pois além de comprovar a competência vetorial de A. aureolatum para R. vitalii (e a não competência para as demais espécies de carrapatos testadas), ampliou a distribuição geográfica deste agente nas regiões Sul e Sudeste. O estudo também possibilitou relatar uma infecção natural e persistente de um C. thous por R. vitalii. Diferentemente dos cães domésticos, que manifestam severas alterações clínicas e hematológicas decorrentes da infecção por R. vitalii, foi verificado um caso de infecção 8 assintomática em um C. thous, sugerindo um possível papel de reservatório do agente na natureza, uma vez que este canídeo silvestre é o principal hospedeiro silvestre para o carrapato A. aureolatum. A distribuição geográfica dos casos de rangeliose tanto em cães domésticos com em C. thous coincidem com a distribuição geográfica deste vetor. Portanto, esta espécie de carrapato, que já se mostrou capaz de veicular o agente em condições de laboratório, é provavelmente seu vetor em condições naturais.
DOI:
10.11606/T.10.2014.tde-19092014-092438
Editor:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Data de criação/publicação:
2014-04-24
Formato:
Adobe PDF
Idioma:
Português
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