skip to main content

Mulheres e periferias como fronteiras: o tempo-espaço das moradoras do Conjunto Habitacional José Bonifácio

Freitas, Carolina Alvim De Oliveira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 2018-10-19

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Mulheres e periferias como fronteiras: o tempo-espaço das moradoras do Conjunto Habitacional José Bonifácio
  • Autor: Freitas, Carolina Alvim De Oliveira
  • Orientador: Rufino, Maria Beatriz Cruz
  • Assuntos: Espoliação; Gênero; Periferia; Trabalho; Espoliation; Gender; Periphery; Work
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Esta pesquisa pretende compreender os cruzamentos entre as transformações do espaço da periferia e as transformações dos papeis sociais das mulheres. Para tanto, dedica-se a investigar o caso do Conjunto Habitacional José Bonifácio (conhecida como Cohab II) em Itaquera, zona leste de São Paulo. A história do planejamento urbano do século XX e dos planos público-privados do século XXI parecem compor um movimento de continuidades e descontinuidades que não permite interpretar a produção do espaço com os mesmos olhos do pensamento urbano clássico brasileiro sobre a periferia. Se o espaço periférico da metrópole se revela hoje como fronteira para a expansão do capital, o mesmo pode ser inferido em relação às mulheres trabalhadoras, já que as tradicionais representações femininas parecem estar sendo direcionadas para novos papeis. Empreender através do espaço urbano e do corpo feminino, portanto, aparece hoje como via dupla de acumulação de capital. A teoria feminista considerou a cisão entre o espaço público e o espaço privado como base da divisão sexual do trabalho que consolidou o modo de produção capitalista e a sociedade industrial. Na transição para a sociedade urbana, nota-se que há um deslocamento dessa divisão persistente, sendo embaralhadas as funções e formas das esferas pública e privada pelos processos de fragmentação, homogeneização e hierarquização do espaço. Isso significa que não é apenas o processo de reestruturação da produção e do mundo do trabalho, oriunda da racionalidade neoliberal, que responde pelas mudanças nas relações entre sexos, mas também a produção e a reprodução do espaço assumem a indução dessas relações. Nesse sentido, intenta-se perceber o nó existente entre processos de exploração (do trabalho), opressão (de sexo e raça) e espoliação (urbana, imobiliária e financeira) cuja unidade é tecida pela totalidade. E é visando essa totalidade que o método de pesquisa de campo no Conjunto José Bonifácio é aplicado, buscando compreender as práticas concretas socioespaciais das moradoras da Cohab em seu cotidiano. As escalas do apartamento, do condomínio e do Conjunto são referenciadas para desenvolver as conclusões sobre a concepção, a vivência e a percepção do espaço por essas mulheres.
  • DOI: 10.11606/D.16.2019.tde-04012019-115910
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
  • Data de criação/publicação: 2018-10-19
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.