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Reavaliação da flora carbonífera da Formação Poti, Bacia do Parnaiba

Iannuzzi, Roberto

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 1994-08-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Reavaliação da flora carbonífera da Formação Poti, Bacia do Parnaiba
  • Autor: Iannuzzi, Roberto
  • Orientador: Rosler, Oscar
  • Assuntos: Geologia; Not Available
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A flora da Formação Poti foi estudada preliminarmente por Oliveira (1934, 1935) na década de 30. A partir dos anos 50, Dolianiti (1954) descreveu e classificou a maior parte das formas até hoje conhecidas. Oliveira (1934, 1935) e Dolianiti (1954) ressaltaram a afinidade euro-americana desta flora. Em 1962 e 1980, Dolianiti descreve as últimas formas assinaladas para essa flora. Rigby (1969) é o primeiro a sugerir recombinações taxonômicas de algumas das formas descritas por Dolianiti. Durante os anos 80, alguns outros pesquisadores (Rocha-Campos e Archangelsky, 1985; Césari, 1986 e 1987; Sessarego e Césari, 1989) colocam vários táxons desta flora em sinonímia com formas encontradas em estratos do Neocarbonífero da Argentina. Isto passou a sugerir uma maior afinidade da flora com as floras gondvânicas. No entanto, estas últimas sinonímias foram todas realizadas sem o exame dos espécimes. Quanto à idade da flora da Formação Poti existe controvérsia: alguns pesquisadores indicaram uma idade eocarbonífera (Dolianiti, 1954; Rigby, 1969), outros uma idade neocarbonífera (Oliveira, 1934 e 1935; Archangelsky, 1984 e 1986; Sessarego e Césari, 1989). Rösler e Ciguel (1985) salientaram as afinidades devonianas de algumas das formas da flora, sugerindo assim uma idade um pouco mais antiga. Os estudos palinológicos (Daemon, 1974; Sundaram et al., 1981 ) têm sempre indicado uma idade eocarbonífera para os estratos da Formação Poti. Tendo em mente o exposto, a presente dissertação objetivou o reestudo, em nível sistemático, de todo o material paleobotânico proveniente da Formação Poti e a determinação de sua provável idade. Para tanto, reanalisaram-se o material descrito por Dolianiti (1954, 1962 e 1980) e aquele coletado, e ainda inédito, de Rösler e Ciguel (1985). Analisou-se também novo material paleobotânico coletado durante trabalho de campo nos estados do Piauí e Maranhão. Ainda, coletaram-se e analisaram-se palinologicamente os estratos contendo os fitofósseis, e descreveram-se os afloramentos visitados. O reestudo conclui que a paleoflora da Formação Poti seria composta de pequenas esfenófitas (calamitaceas) e licófitas, pteridospermas do grupo Calamopityales e/ou Lyginopteridales e prováveis progymnospermas. Algumas novas combinações taxonômicas são também sugeridas e a composição taxonômica passa a ser a seguinte: Diplothmema gothanica (Dolianiti) n. comb., Adiantites sp., Kegilidium lamegoi Dolianiti (1954), Paulophyton sommeri Dolianiti (1954), Paulophyton sp.1 (n. esp. ), Nothorhacopteris sp.1, Nothorhacopteris sp.2, Triphyllopteris adiantoides n. esp., ?Stamnostoma sp., e uma licófita morfograficamente similar às formas angáricas do gênero Ursodendron (?U. brasiliensis (Dolianiti) n. comb. O reestudo taxonômico resultou: a) na redução do número de táxons e espécies previamente descritos; b) na autenticação de várias das diagnoses, revelando a existência de um endemismo ao nível específico; c) na constatação de uma mistura de gêneros gondvânicos com outros cosmopolitas e de uma tendência e endemismo em nível genérico; d) no estabelecimento de afinidades morfológicas com formas do Neocarbonífero da Argentina e, principalmente, com aquelas do eocarbonífero do Peru e Bolívia. Os estudos paleobotânicos e palinológicos revelaram-se mais compatíveis com uma idade eocarbonífera (Viseano?). O sistema deposicional, inferido a partir do estudo das fácies observadas nos afloramentos donde provieram o novo material paleobotânico, é transicional do tipo planície deltaica. A composição tafoflorística, o porte dos vegetais e as características morfológicas das formas sugerem que a flora teria vivido sob condições de um clima temperado. As afinidades florísticas com a Flora Paracas, no Peru, e os dados paleoclimáticos, além do posicionamento paleogeográfico, sugerem que a flora da Formação Poti representaria uma extensão a leste do Reino Paraca. A integração dos dados paleobotânicos, palinológicos, paleomagnéticos, paleogeográficos e paleoclimáticos indica uma possível migração florística intra-gondvânica durante o Carbonífero. Dentro deste contexto, floras do Neocarbonífero da Argentina e Brasil meridional representariam o registro sulino de floras adaptadas a um clima temperado frio, que já existiam, no final do Eocarbonífero, ao norte do continente, como a da Formação Poti. Estas floras teriam migrado em direção ao sul, em resposta a um controle climático, resultando em considerável diacronismo entre os seus registros.
  • DOI: 10.11606/D.44.1994.tde-11062015-104743
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 1994-08-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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