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Mulheres com câncer de mama na meia idade enfrentamento e auto-avaliação de saúde

Gláucia Mendes de Marco Ricardo Gorayeb

2007

Localização: FFCLRP - Fac. Fil. Ciên. Let. de R. Preto    (Marco, Glucia Mendes de )(Acessar)

  • Título:
    Mulheres com câncer de mama na meia idade enfrentamento e auto-avaliação de saúde
  • Autor: Gláucia Mendes de Marco
  • Ricardo Gorayeb
  • Assuntos: ENFRENTAMENTO; NEOPLASIAS MAMÁRIAS; CLIMATÉRIO; QUALIDADE DE VIDA
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Com o crescimento na taxa de sobrevivência humana houve um aumentou do número de mulheres que vivenciam a meia-idade e também um o aumento das doenças crônicas, inclusive do câncer. A finalidade deste estudo é Identificar estratégias de enfrentamento utilizadas por mulheres de meia-idade em tratamento do câncer de mama e investigar a avaliação que estas pacientes fazem de sua saúde física e mental. A população do estudo foi constituída por 30 pacientes de um hospital público do interior do estado de São Paulo. Para a coleta de dados foram utilizados o Questionário da Saúde da Mulher, o Inventário de Estratégias de Coping (Enfrentamento) e uma Entrevista semi-estruturada, elaborada para este estudo. Com relação às variáveis demográficas, verificou-se que 66,7 % das pacientes são brancas; 37,9 % são casadas; 51,9% são da religião católica e 44,4% possuem o Ensino Fundamental. Com relação aos dados clínicos, 16,7 % dos tumores foram diagnosticados como estágio I, 43,3% estágio II e 40% como estágio III. Das participantes, 33,3% já tiveram algum parente com câncer de mama e 43,3% tiveram parentes com outros tipos de câncer. Em relação ao tratamento, foram realizadas em média, seis ciclos de quimioterapia por paciente. Quanto à cirurgia, 40% realizaram tumorectomia; 36,6% mastectomia e 13,3% quadrantectomia. As análises do Questionário da Saúde da Mulher indicaram que as mulheres se avaliaram com mais saúde em Sintomas vasomotores e Sintomas menstruais e
    com menos saúde na dimensão Comportamento sexual. Com relação às estratégias de enfrentamento, Reavaliação positiva e Suporte social foram em média, as estratégias mais utilizadas pelas pacientes deste estudo. Por outro lado os índices das estratégias de enfrentamento Aceitação da responsabilidade e Confronto foram as estratégias menos utilizadas. Através da análise de conteúdo das transcrições das entrevistas realizadas, observou-se que na temática "Câncer" a maior freqüência de verbalizações foi sobre a doença em si (32,09%), sendo 63,33% destas de questões ligadas ao estigma da doença e a associação com a morte. Na temática "Meia-idade", 38,71% das verbalizações associavam essa fase a aspectos negativos, sendo o mais freqüente a questão das perdas significativas (37,5%), principalmente a morte dos pais. Na "Auto-avaliação de saúde" a maior freqüência de verbalizações foi de assuntos ligados à saúde mental e emocional (42,22%), sendo que as menções ao aumento na vontade de aproveitar a vida (42,10%) foram as mais citadas. Já em relação à temática "Enfrentamento", as estratégias centradas na emoção se destacam (75%), sendo o Suporte Social (27,53%) a estratégia mais utilizada. Percebeu-se neste estudo que o câncer de mama na meia-idade aparece como fator estressante, na medida em que interfere negativamente na rotina das pacientes. As participantes relataram dificuldades que enfrentam frente ao estigma da
    doença, ao tratamento aversivo e suas conseqüências (alteração na auto- imagem, como por exemplo queda de cabelo). Entretanto os resultados sugerem que as estratégias de enfrentamento utilizadas para lidar com o estressor estão sendo eficazes, visto que as pacientes referem possibilidade de cura devido ao avanço da medicina, aumento na vontade de viver e de aproveitar a vida. Tal afirmação pode ser confirmada ao observar que em diversas dimensões do Questionário da Saúde da Mulher as mulheres se avaliaram com escores altos. Desta forma, compreender o modo como as mulheres que estão na meia idade enfrentam o câncer de mama e avaliam a sua saúde física e emocional, pode contribuir para intervenções terapêuticas que visem promover mudanças para uma melhor adaptação ao problema e consequentemente uma melhor Qualidade de Vida
  • Data de criação/publicação: 2007
  • Formato: 112 p. anexos.
  • Idioma: Português

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