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Por que todo mundo odeia o Chris? Uma análise discursiva sobre o imaginário de afro-americanidade na série Everybody hates Chris

Crema, Daniele

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2015-03-09

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Por que todo mundo odeia o Chris? Uma análise discursiva sobre o imaginário de afro-americanidade na série Everybody hates Chris
  • Autor: Crema, Daniele
  • Orientador: Carmagnani, Anna Maria Grammatico
  • Assuntos: Afro-Americanidade; Comédia De Situações; Diferença; Discurso; African-Americaness; Difference; Discourse; Sitcom
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Como telespectadores de Black sitcoms norte-americanas, temos observado, nessas séries, uma propensão à abordagem de temáticas que silenciam a luta pela dessegregação racial nos Estados Unidos. Nossa hipótese é que grande parte dos seriados tende a assimilar uma percepção homogeneizante de afro-americanidade, firmada em estereótipos e verdades supostamente inquestionáveis acerca de negritude. O negro é sempre visto pela perspectiva de um outro, cuja posição central no discurso produz sentidos de negritude. À luz de tais considerações, objetivamos problematizar os sentidos de afro-americanidade construídos no seriado Everybody hates Chris. Buscamos analisar as formas de funcionamento do discurso que legitimam determinadas posições de sujeito para o negro americano e que consequentemente produzem um imaginário de afro-americanidade que se institui como verdadeiro. Para tanto, esta pesquisa se fundamenta na perspectiva discursiva de Michel Pêcheux (1969, 1975) e de Michel Foucault (1969, 1971, 1979). O corpus de análise é composto por dez episódios de Todo Mundo Odeia o Chris. Discutimos a popularização da televisão nos Estados Unidos, desde os anos 50, momento no qual o gênero sitcom simbolizou a ratificação do protótipo de família americana idealizada. Analisamos como tal concepção de família se estende e perpassa as produções seriais até os dias de hoje, excluindo percepções de negritude que não integram o imaginário de modelo familiar do pós Segunda Guerra Mundial (anos 40 e 50). Abordamos também, o conceito de tradições inventadas, lançando um olhar sobre as formas pelas quais os rituais nelas celebrados compõem meios de excluir o que é nocivo ao que se entende por autenticidade americana. Buscamos observar como se constroem sentidos de afro-americanidade em celebrações que estabelecem a coesão nacional como fundamento, em uma sociedade na qual o negro é um sujeito periférico. Estudamos, por fim, como sentidos de afro-americanidade são incorporados ou contestados, colocando em xeque percepções totalizantes de afro-americanidade. Constatamos que os sentidos de afro-americanidade se constroem na articulação entre diversas categorias (gênero, raça, classe social). O estudo indica que a identidade afro-americana não pressupõe sentidos unívocos, pois se constroi nas diversas posições discursivas ocupadas pelo sujeito.
  • DOI: 10.11606/D.8.2015.tde-05082015-143333
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2015-03-09
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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