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Perfil multidimensional e avaliação da capacidade funcional em idosos de baixa renda

Damy, Alvaro José De Carvalho

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2010-07-27

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Perfil multidimensional e avaliação da capacidade funcional em idosos de baixa renda
  • Autor: Damy, Alvaro José De Carvalho
  • Orientador: Benseñor, Isabela Judith Martins
  • Assuntos: Aptidão Física; Idoso; Limitação Da Mobilidade; Nível Socioeconômico; Aged; Mobility Limitation; Physical Fitness; Socioeconomic Level
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: Devido à transição sócio-demográfica o Brasil vem passando por um processo natural de envelhecimento populacional. Essa transição demográfica gera contrastes à medida que o progresso e a qualidade de vida não atingem, igualmente, todos os níveis socioeconômicos. Nesse cenário, os idosos de baixo nível socioeconômico estão mais vulneráveis, as limitações próprias do envelhecimento, doenças crônico-degenerativas e acesso aos serviços de saúde. Esse conjunto de variáveis sócio-demográficas e de hábitos de vida pode corroborar, conseqüentemente, para limitação ou deterioração da capacidade funcional dos idosos. Objetivos: Analisar a influência de fatores sócio-demográficos, de hábitos de vida e relacionados ao acesso aos serviços de saúde sobre a capacidade funcional, através do teste Timed Up and Go (TUG) traçando um perfil dos fatores que influenciam de forma mais relevante uma população de idosos de baixo nível moradores da periferia da cidade de Santos, São Paulo. Metodologia: Trata-se de estudo epidemiológico do tipo transversal, realizado entre de fevereiro de 2006 a julho de 2007, em 168 indivíduos com 60 ou mais anos de idade, moradores do Dique da Vila Gilda em Santos, São Paulo. Dados sócio-demográficos, condições de saúde, uso de medicamentos e procura por serviços de saúde, atividades de vida diária, hábitos de vida, sociais e lazer foram coletados através do Brazilian Older Multidimensional Functional Assessment Questionnaire (BOMFAQ), estado cognitivo pelo Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), transtorno mental comum pelo Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), consumo de álcool pelo Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT), atividade física pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Foram mensuradas pressão arterial e o índice de massa corpórea (IMC). Para a avaliação da capacidade física aplicamos o teste TUG dicotomizado (< 10 segundos boa capacidade funcional / 10 segundos - limitação ou incapacidade funcional). Através do teste do qui-quadrado as variáveis independentes foram analisadas por sexo e pelo desempenho do teste TUG. Assim como as contínuas, também foram avaliadas através do teste t student ou ANOVA. Modelos de regressão logística univariada e multivariada foram também realizadas, a fim de se testarem a influência das variáveis explanatórias sobre a capacidade funcional da amostra estudada. O programa utilizado foi o PASW versão 18.0. Resultados: Na amostra de 168 indivíduos avaliados havia uma proporção maior de idosas 109 (64,8%), a média da idade foi 68,4 anos (±6,7), a maior parte foi classificada possuía quatro anos de estudo formal, 128 (76,2%) não trabalhavam e 13 (7,7%) realizavam trabalhos informais, 63 (37,5%) eram casados ou possuíam companheiro. Foi verificada freqüência de doenças crônicas (hipertensão arterial, diabetes, osteodegenerativas) semelhantes a encontradas em outros estudos, baixo consumo de álcool e tabaco. Apesar da grande procura por serviços de saúde e uso de medicamentos, dificuldades nas atividades de vida diária, poucas atividades de lazer, os idosos dessa amostra apresentaram bom convívio social e eram fisicamente ativos, segundo a classificação do IPAQ com 150 ou mais minutos de atividades moderadas e vigorosas por semana. A maioria, 125 (74,4%) dos idosos apresentou um estado cognitivo alterado Finalmente, em relação ao desempenho físico, 122 (72,6%) idosos apresentaram um TUG maior ou igual a 10 segundos. Na regressão logística o estado cognitivo e a presença de acidente vascular cerebral (AVC) influenciaram no pior desempenho no teste. Entretanto, o AVC prévio permaneceu estatisticamente significativo após ajuste por idade, sexo, escolaridade, ocupação, situação conjugal, presença de quedas e estado cognitivo (razão de chances: 4,8 _ 1,43-15,27_ IC95%, p=0,01). Conclusões: A variável sócio-demográfica desemprego teve influência sobre o grau de funcionalidade dos idosos residentes nesta comunidade. Idosos com pior estado cognitivo e, sobretudo com antecedentes de AVC, apresentaram risco aumentado de apresentar um pior desempenho físico
  • DOI: 10.11606/T.5.2010.tde-31082010-165624
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2010-07-27
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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