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Associação de dor persistente e síndrome de fragilidade: estudo transversal

Douradinho, Christian

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2021-12-13

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Associação de dor persistente e síndrome de fragilidade: estudo transversal
  • Autor: Douradinho, Christian
  • Orientador: Aliberti, Márlon Juliano Romero
  • Assuntos: Prevalência; Idoso; Funcionalidade; Fragilidade; Epidemiologia; Dor Persistente; Dor Crônica; Dor; Analgesia; Prevalence; Persistent Pain; Pain; Functionality; Frailty; Chronic Pain; Epidemiology; Aged
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: INTRODUÇÃO: Os idosos, sendo mais predispostos ao acúmulo de doenças crônicas, são susceptíveis à dor persistente. Esse problema associa-se a prejuízos relevantes na saúde das pessoas, como alterações do humor, isolamento social, exacerbação de doenças crônicas e síndrome da fragilidade. A fragilidade caracteriza-se por diminuição na reserva funcional de múltiplos sistemas que torna os indivíduos vulneráveis a desfechos adversos, como incapacidade e morte. Embora haja interesse crescente na relação entre dor persistente e fragilidade, pelo potencial reversível dessas condições, poucos estudos investigaram essa associação com escalas para dor validadas em idosos. OBJETIVOS: Examinar a associação de dor persistente, sua intensidade e dimensões, com fragilidade em idosos ambulatoriais. MÉTODOS: Trata-se de uma análise transversal do Prospective GERiatric Observational Study (ProGERO) que investiga fatores associados a desfechos adversos em idosos ambulatoriais. Foram incluídos pacientes com idade 60 anos, sem comprometimento cognitivo, atendidos no Ambulatório do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Dor persistente foi definida como experiência dolorosa autorreferida na maior parte dos dias nos últimos três meses. Consideramos a intensidade da dor (leve, moderada, forte e muito forte) pela Escala de Descritores Verbais. Em uma subamostra representativa de idosos com dor persistente, avaliamos a multidimensionalidade da dor pela escala Geriatric Pain Measure (GPM). Os pacientes foram classificados como robusto (0), pré-frágil (1) e frágil (2-3) pelo índice do Study of Osteoporotic Fractures (SOF) que inclui perda de peso recente, autorrelato de exaustão e incapacidade para levantar da cadeira cinco vezes. Regressão logística foi utilizada para avaliar associação de dor persistente com fragilidade em modelos ajustados para dados sociodemográficos e multimorbidade. RESULTADOS: Amostra com 672 pacientes com idade média de 80,6 anos, sendo 71,6% mulheres. Dor persistente foi reportada por 340 (50,6%) pacientes, tendo como principais causas osteoartrite e síndrome do ombro doloroso. Em relação à fragilidade, 275 (40,9%) pacientes foram classificados como robustos, 240 (35,7%) como pré-frágeis e 157 (23,4%) como frágeis. A prevalência de dor persistente variou significativamente nas categorias de fragilidade (robusto = 41,1%; pré-frágeis = 52,1%; frágeis = 65,0%; p < 0,001). Mesmo após ajuste para dados sociodemográficos e multimorbidade, idosos com dor persistente associaram-se com o status frágil em comparação aqueles sem dor persistente (odds ratio [OR] = 2,1; intervalo de confiança [IC] de 95% = 1,4-3,1). Essa relação foi ainda mais evidente ao comparar pacientes com dor persistente forte ou muito forte com aqueles sem nenhuma dor (OR = 4,9; IC 95% = 2,4-8,9). A pontuação total da GPM também se associou de maneira significativa com fragilidade. Os domínios da GPM relacionados de maneira independente com status frágil foram dor à deambulação e dor em outras atividades. CONCLUSÕES: Em uma população de idosos ambulatoriais, metade dos pacientes reportou dor persistente. Essa queixa associou-se de maneira independente com a síndrome de fragilidade, sendo essa relação mais forte em pacientes com maior intensidade da dor. Futuros estudos devem investigar se a abordagem adequada da dor persistente pode reduzir o risco de fragilidade entre os idosos
  • DOI: 10.11606/D.5.2021.tde-23032022-124054
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2021-12-13
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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