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Serviços ecossistêmicos de carbono, composição e estrutura florestal em uma cronosequência de plantios de restauração

Gardon, Fernando Ravanini

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências 2021-03-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Serviços ecossistêmicos de carbono, composição e estrutura florestal em uma cronosequência de plantios de restauração
  • Autor: Gardon, Fernando Ravanini
  • Orientador: Rodrigues, Ricardo Ribeiro; Santos, Rozely Ferreira dos
  • Assuntos: 1. Restauração Florestal; 5. Análise Temporal; 2. Estoque De Carbono; 3. Conservação Florística; 4. Diversidade; 1. Forest Restoration; 4. Diversity; 3. Plant Conservation; 2. Carbon Stock; 5. Temporal Analysis
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A restauração florestal é uma estratégia amplamente utilizada para reverter o atual cenário de perda de biodiversidade, degradação das funções ecológicas e intensificação das mudanças climáticas. Entretanto, é preciso atestar se as ações de restauração florestal já executadas estão efetivamente cumprindo esses papéis. Neste contexto, objetivamos avaliar tanto o potencial de florestas restauradas em acumular carbono e reestabelecer as funções ecológicas envolvidas neste processo, quanto sua contribuição para a conservação da flora nativa. Primeiramente, nós realizamos uma revisão de literatura para fornecer uma visão em nível nacional das estimativas de carbono acima do solo em florestas restauradas por diferentes métodos (restaurações ativa e passiva), discutindo as tendências e lacunas no conhecimento acumulado e nas pesquisas conduzidas no Brasil até o ano de 2019. Os resultados mostram que restaurações florestais brasileiras apresentam alto potencial em contribuir para os serviços de carbono, sendo que a restauração ativa se mostra mais promissora para este fim, pelo menos em um período de 30 anos. Contudo, somente 23% dos estudos de biomassa e carbono foram conduzidos em restaurações ativa. Ademais, apenas 9% dos estudos avaliaram a relação entre o estoque de carbono e a diversidade florística das restaurações. Devido a este desequilíbrio no conhecimento acumulado, nós buscamos fornecer estimativas robustas da contribuição de restaurações ativa tanto para os serviços ecossistêmicos de carbono, quanto para a conservação da flora nativa. Assim, nós avaliamos estes parâmetros em 16 plantios de restauração com idades entre 5 e 30 anos, de forma a prover uma análise temporal dos resultados. As estimativas mostram que plantios com 30 anos de idade apresentam estoque de carbono similar a remanescentes florestais maduros. Apesar de indivíduos de pequeno porte serem numericamente dominantes independentemente da idade das restaurações, os resultados indicam que plantas de grande porte passam a deter estoque de carbono superior antes do fim da primeira década após o plantio. Entre os grupos sucessionais, espécies secundárias passam a ser mais abundantes que pioneiras somente após 20 anos, porém muito antes disso o estoque de carbono em espécies secundarias já se mostra similar ao das pioneiras. Observamos que a dinâmica que se estabelece nessas comunidades é marcada pela transição de plantas de diferentes classes de tamanho e grupos ecológicos, sendo que os padrões observados promovem a trajetória sucessional e, possivelmente, a perpetuação dos processos envolvidos no acumulo de carbono ao longo do tempo. Mesmo que os resultados relacionados a estrutura, grupos funcionais e estoque de carbono das restaurações sejam bastante positivos, o potencial destas comunidades em contribuir para a conservação de espécies vegetais poderia ser melhor desenvolvido. Assim, apesar dos plantios de restauração contribuírem para a manutenção da diversidade florística em regiões antropizadas, seu papel na conservação de espécies prioritárias é menos destacável. Contudo, visto que constatamos nos plantios a presença de diferentes espécies relevantes para o funcionamento das comunidades e para a oferta de serviços ecossistêmicos de carbono, assumimos que plantios de restauração florestal inseridos em paisagens agrícolas representam uma grande oportunidade de promover resultados sinérgicos. Por outro lado, este potencial não se mostra totalmente aproveitado, pois espécies prioritárias para conservação, principalmente aquelas ameaçadas e endêmicas, não são frequentes ou abundantes nestas florestas. Por fim, nós fornecemos diretrizes que podem amenizar as limitações identificadas e maximizar o caráter multifuncional das restaurações, garantindo que os objetivos previstos no planejamento destas ações sejam efetivamente alcançados
  • DOI: 10.11606/T.41.2021.tde-25052021-091125
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Data de criação/publicação: 2021-03-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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