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A trajetória de cuidado ao portador de esquizofrenia: narrativas familiares.

Santoro, Maria Cristina Ferri

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2012-03-05

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A trajetória de cuidado ao portador de esquizofrenia: narrativas familiares.
  • Autor: Santoro, Maria Cristina Ferri
  • Orientador: Galera, Sueli Aparecida Frari
  • Assuntos: Esquizofrenia; Família; Serviço Social; Family; Schizophrenia; Social Work
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A desinstitucionalização e as reformas políticas e de gestão atuais colocam a família como principal fonte de cuidado do portador de transtorno mental grave e de longa duração. A literatura indica que poucas pesquisas têm se dedicado a estudar o processo de ajustamento familiar durante o enfrentamento do transtorno mental. No que se refere à esquizofrenia, o primeiro episódio de adoecimento ocorre geralmente na adolescência. Trata-se de uma situação de estresse que desorganiza todo o grupo familiar, interrompe e pode modificar sua trajetória de vida. A partir daí, a família torna-se cuidadora e procura ajustar-se à nova situação de conviver com um ente familiar adoecido. O objetivo deste estudo foi descrever a construção desse cuidado através da trajetória das famílias que convivem com o diagnóstico de esquizofrenia há mais de dez anos. O referencial teórico-metodológico baseou-se na Teoria de Trajetória de Vida e orientou a escolha da história de vida como método de coleta e análise dos dados. Método: para contar a história da família participaram do estudo, como principais informantes, o portador de transtorno mental e até dois familiares cuidadores. Caso o portador do transtorno concordasse em participar da pesquisa, mas se recusasse a dar entrevista, ele deveria indicar pelo menos um familiar que pudesse contar a história por ele. Escolheu-se a entrevista como principal instrumento de coleta de dados. Foram entrevistadas 26 pessoas (18 familiares e 8 portadores de esquizofrenia), representando 14 famílias que convivem com o adoecimento há mais de dez anos. As entrevistas foram gravadas e realizadas pela pesquisadora no período de novembro/2010 a março/2011. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCRP-FMRP-USP. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A análise das entrevistas foi baseada na proposta do método da Teoria da Trajetória de Vida, que visa determinar através de uma linha do tempo os eventos importantes para o ajustamento familiar. Foram analisados três momentos: o passado, o presente e o futuro. Resultados: No momento passado foram descritos o sofrimento e as dificuldades do início do adoecimento e a aceitação como um evento importante para conseguir seguir em frente e se abrir para uma nova proposta. No presente, os relatos familiares descrevem momentos em que eles têm certeza de seu aprendizado. Novamente a aceitação é o elemento chave. Muitos familiares foram bastante afirmativos com relação a aceitar a doença como elemento chave para se relacionar com o adoecido e os outros membros da família. Alguns portadores de esquizofrenia confirmaram que quando a família aceita, ela é uma família melhor, em que ele se sente bem. Em relação ao futuro, há uma esperança nos avanços na psicofarmacologia e em encontrar na família os recursos para o cuidado. Conclui-se que esta pesquisa atendeu aos objetivos propostos e aponta para a urgente necessidade de se ouvir o portador de transtorno mental e seus familiares sobre esta \"nova\" responsabilidade da família: cuidar de seu ente querido.
  • DOI: 10.11606/D.22.2012.tde-27032012-154912
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2012-03-05
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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