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Avaliação da sensação de fome, do consumo alimentar ad libitum e da resposta pós-prandial da grelina e da insulina em mulheres obesas com e sem Síndrome do Ovário Policístico

Camila Cremonezi Japur Marcos Felipe Silva de Sá

2012

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Japur, Camila Cremonezi )(Acessar)

  • Título:
    Avaliação da sensação de fome, do consumo alimentar ad libitum e da resposta pós-prandial da grelina e da insulina em mulheres obesas com e sem Síndrome do Ovário Policístico
  • Autor: Camila Cremonezi Japur
  • Marcos Felipe Silva de Sá
  • Assuntos: OBESIDADE; GRELINA; INSULINA; SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO; FOME; CONSUMO DE ALIMENTOS
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A obesidade é uma doença muito prevalente em mulheres com Síndrome do Ovário Policístico (SOP). No entanto, a literatura não é consistente para explicar as causas da maior prevalência de obesidade em mulheres com SOP. Estudos têm demonstrado que mulheres com SOP apresentam problemas na regulação da grelina entre o período pré- e pós-prandial e maior predisposição à resistência insulínica (Rl). A hipótese postulado no presente estudo foi a de que as mulheres obesas com SOP apresentariam maior fome pré-prandial e maior consumo alimentar ad libitum, e menor supressão pós-prandial de grelina em relação à mulheres obesas sem SOP (controle). O objetivo do estudo foi avaliar a sensação de fome, o consumo alimentar ad libitum e a resposta pós-prandial da grelina e da insulina em mulheres obesas com e sem Síndrome do Ovário Policístico. Este estudo experimental foi aplicado em 53 mulheres obesas, 30 com SOP e 23 controles. Inicialmente foi feita uma avaliação das características sóciodemográficas, antropométricas e de composição corporal, do consumo alimentar habitual e da grelina, insulina, testosterona, ShBG e glicemia de jejum para a caracterização da amostra. O consumo alimentar ad libitum foi quantificado pela pesagem da panela com o alimento oferecido antes e após a refeição. A sensação de fome foi avaliada por escalas subjetivos analógicas de 100mm nos períodos pré- (0 min) e pós-prandiais (15, 45, 75 e 135 min após o inicio da refeição). Nesses mesmos tempos, foram analisados grelina, insulina e glicemia. Contrariando a hipótese proposta, os resultados mostraram que as mulheres com SOP não apresentaram maior fome (SOP: 59±26 x controle: 51±32; p=0,40) nem maior consumo alimentar ad libitum (615±197kcal x 583±217kcal; p=0,60), e as análises da grelina, insulina e glicemia nos períodos pré- e pós-prandiais também foram semelhantes entre os grupos. O grupo SOP apresentou
    retorno mais rápido da fome (oh após a refeição) e maior consumo alimentar habitual. Pela análise do comportamento da grelina, pode-se concluir que nem a concentração pré-prandial, nem a variação que ocorre antes e após a refeição são determinantes do consumo alimentar. O que se pode sugerir é que ela interfira no número de vezes que a pessoa come ao longo do dia, mas essa hipótese não foi testada neste estudo. O grupo SOP apresentou maior frequência de Ri (56,6% x 30,4%; p<0,01), o que pode ajudar a explicar o maior consumo alimentar habitual encontrado nesse grupo, pois a hiperinsulinemia pode acarretar em maior consumo alimentar pela saturação da entrada da insulina no cérebro, o que acarreta em menor ação no centro de saciedade e na falsa sinalização de que o individuo tem baixas reservas corporais. Conclui-se que a hiperinsulinemia e a resistência insulínica possam estar mais associadas ao aumento do consumo alimentar e ao desenvolvimento da obesidade nas mulheres com SOP do que a grelina de jejum ou as variações da grelina entre o período pré- e pós-prandiais. No entanto, é necessário desenvolver estudos que avaliem a influência do ambiente no consumo alimentar de mulheres obesas com SOP, assim como o impacto da doença no estado psicológico e emocional e sua associação com o consumo alimentar
  • Data de criação/publicação: 2012
  • Formato: 85 p anexos.
  • Idioma: Português

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