skip to main content

Avaliação in vitro de danos causados ao esmalte usando modelo biomecânico para simular lesões não cariosas

Martins, Emerson Alves

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia 2012-08-06

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Avaliação in vitro de danos causados ao esmalte usando modelo biomecânico para simular lesões não cariosas
  • Autor: Martins, Emerson Alves
  • Orientador: Ballester, Rafael Yague
  • Assuntos: Biomecânica; Tribologia; Tensão; Ph Crítico; Lesões Cervicais Não Cariosas; Non-Carious Cervical Lesions; Stress; Critical Ph; Biomechanics; Tribology
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: OBJETIVO: A etiologia das LNCs é complexa e não está totalmente esclarecida e parecem influir e interagir na sua formação fatores tão diversos como a concentração de tensões, a presença de ácidos de diversas origens e mecanismos tribológicos variados. O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar se há diferenças na influência da tensão de tração, de compressão e da escovação na profundidade da lesão, microdureza e rugosidade do esmalte bovino submetido a desafio ácido. (O trabalho constituiu-se da avaliação dos danos ao esmalte bovino submetido a um desafio ácido erosivo e desafio abrasivo) com carregamento mecânico simultâneo. MÉTODOS: Foram avaliados 48 palitos contendo esmalte e dentina, com dimensões de (2,7 x 2,7 x 16 mm). O esmalte dos palitos foi planificado com lixas de granulação 600 e 800 e depois posteriormente polidos com lixas de granulação 1000, 1200, 2400 e 4000. Foi confeccionado um entalhe transversal de 1,5 mm de diâmetro na dentina, deixando um \"pescoço\" de 1,7 mm de esmalte e dentina. Toda a superfície do palito, exceto uma janela de 4 mm na vestibular do esmalte (na região de maior concentração de tensão), recebeu uma camada que protegia frente ao desafio ácido. Os palitos foram fixados em uma de suas extremidades e divididos em 2 grupos (n=24): submetidos a uma carga contínua (650 gf) à flexão na outra extremidade (sendo que 12 deles com o entalhe voltado para cima compressão e 12 com o entalhe para baixo tração) e outro grupo de palitos descarregados (n=24). Com esta divisão, todos os palitos sofreram o primeiro desafio ácido (2 horas em 400 ml de solução de ácido cítrico tamponado, ajustado ao pH 3,75, a 37° C) e, a seguir, foram mensurados (degrau e rugosidade com o perfilômetro, além de microdureza). Depois, cada grupo foi subdividido em dois com igual número (n=6 para os carregados, e n=12 para os sem carregamento): um grupo recebeu escovação com dentifrício e outro com água, foram novamente protegidos e foram expostos ao segundo desafio ácido (com ou sem carregamento). Após nova medição (degrau e rugosidade com o perfilômetro, além de microdureza) e re-proteção, foram submetidos ao terceiro desafio ácido e novamente mensurados. Um grupo extra de 24 palitos foi destinado à avaliação por microscopia de luz polarizada, dividido em três subgrupos (n=8): sem carga, submetidos à tração e submetidos à compressão e desafio ácido por 2 horas. RESULTADOS: em todos os estágios houve aumento na profundidade da lesão (dependendo do grupo, variou de 1,9 m no primeiro estágio a 7,9 m no último a 4,5 m no primeiro estágio a 19,2 m no último). A tensão de tração produziu profundidade de lesão (segundo estágio: 16,2 m; último estágio: 19,2 m) significativamente maior que a de compressão (segundo estágio: 9,2 m; último estágio: 13,4 m) apenas do lado fixado no grupo de espécimes escovados com dentifrício. A rugosidade foi maior na área exposta (Ra variando de 0,36 a 0,55) que na protegida (Ra variando de 0,13 a 0,28), mas nenhuma das tensões influiu significativamente em nenhuma das duas. Em todos os casos constatou-se diminuição significativa da rugosidade no segundo estágio (da ordem de 0,8 unidades de Ra para áreas protegidas e 0,16 para as expostas), atribuível à escovação, tanto com dentifrício quanto com água. A tensão não provocou diferenças significantes na microdureza em nenhum dos grupos, mas a escovação com dentifrício, no segundo estágio, produziu microdureza significativamente maior, tanto nas áreas protegidas (410 KNH) quanto nas expostas (140 KNH) quando comparadas com os respectivos primeiros estágios (318 KHN e 60 KHN, respectivamente). CONCLUSÃO: o efeito da tensão sobre a profundidade da lesão depende da presença de outros fatores, pois nos espécimes escovados com água, a tensão não provocou efeito estatisticamente significante na profundidade da lesão, nem do lado do entalhe nem do lado fixado. Apenas nos palitos escovados com dentifrício e do lado da fixação foi possível constatar aumento significante da profundidade da lesão (no segundo e terceiro estágios) da tração em relação à compressão, sendo que os sem tensão tiveram profundidade intermediária. A tensão de tração levou ao aparecimento de micro-trincas detectáveis pela microscopia de luz polarizada. Já em relação à microdureza, a tensão não provocou diferenças significantes em nenhum caso, mas apenas a escovação com dentifrício pode ser responsabilizada por aumento da dureza. A rugosidade na área exposta foi bem maior que na protegida, mas a tensão não influiu significativamente. A escovação (com água ou com dentifrício) diminuiu a rugosidade no segundo estágio. No segundo estágio, a rugosidade diminui nas áreas expostas e protegidas e a microdureza aumenta nos grupos escovados com dentifrício nas áreas expostas e protegidas.
  • DOI: 10.11606/T.23.2012.tde-02092013-150515
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia
  • Data de criação/publicação: 2012-08-06
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.