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Produção, circulação e usos da joia em São Paulo no século XIX, 1815-1889: um estudo de cultura material
Santini, Valesca Henzel
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2022-11-11
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Título:
Produção, circulação e usos da joia em São Paulo no século XIX, 1815-1889: um estudo de cultura material
Autor:
Santini, Valesca Henzel
Orientador:
Barbuy, Heloisa Maria Silveira
Assuntos:
Século Xix
;
Corte (Rio De Janeiro)
;
São Paulo - Sp
;
Cultura Material
;
Joalheria
;
Produção E Consumo
;
Ourives
;
Production And Consumption
;
Material Culture
;
Jewelry
;
Goldsmith
;
Court (Rio De Janeiro)
;
19th Century
Descrição:
Desde os tempos da colônia, o ouro, os diamantes e as gemas coloridas extraídos das minas brasileiras e enviados a Portugal garantiram a opulência e o fausto da joalheria portuguesa. No século XVIII, intensificou-se o fluxo de portugueses para o Brasil, bem como de carregamentos de joias para serem aqui comercializadas. A transferência da família real em 1808, instaurou na colônia o gosto português como referência, primeiramente no Rio de Janeiro, sede da corte, chegando a São Paulo, através de personagens que, pela sua trajetória, representaram um elo entre São Paulo e a corte, e também de ourives aqui estabelecidos que aplicaram as técnicas trazidas de Portugal ou aprendidas com mestres portugueses. A partir de meados do século XIX, São Paulo sofreu grandes transformações sociais, econômicas e urbanas impulsionadas pela instalação da ferrovia, que favoreceram a circulação de mercadorias e pessoas; pelo crescimento da economia cafeeira, que aumentou o poder aquisitivo da elite; e pelo desenvolvimento da imprensa, que fez circular com maior alcance anúncios de produtos e serviços. Na Europa, também na segunda metade do século XIX foram realizadas exposições universais, que tiveram importante papel disseminador das ideias de modernidade, progresso e celebração da tecnologia em voga na Europa oitocentista. No campo da joalheria, as exposições propiciaram a inserção de técnicas relacionadas ao tratamento dos metais, das gemas sintéticas e das pérolas de imitação, além de uma nova mentalidade que aproxima a joia da arte. Esta tese nasce da identificação da existência de uma matriz portuguesa no campo da joalheria no Brasil, tendo São Paulo como recorte para exame. A questão central desta pesquisa reside em compreender o processo histórico da passagem do que convencionamos chamar de um gosto português para um gosto cosmopolita, principalmente inglês e francês, que ocorreu lenta e sutilmente em São Paulo ao longo do século XIX. A presente investigação, inserida no campo da cultura material, propõe identificar as mudanças de padrões da joalheria através da análise de três eixos que compõem este universo: a produção, a circulação e os usos da joia. A partir de fontes textuais, materiais e iconográficas, propõe-se mapear, da oficina dos ourives ao retrato das paulistas do oitocentos, os processos e os agentes envolvidos neste segmento - os ourives artesãos, os ourives comerciantes - e os usuários das joias da São Paulo do século XIX.
DOI:
10.11606/T.8.2022.tde-18042023-174503
Editor:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Data de criação/publicação:
2022-11-11
Formato:
Adobe PDF
Idioma:
Português
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