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Parâmetros bioquímicos urinários como preditores de injúria renal aguda em unidade de terapia intensiva

Morais, David Gomes De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2022-01-10

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Parâmetros bioquímicos urinários como preditores de injúria renal aguda em unidade de terapia intensiva
  • Autor: Morais, David Gomes De
  • Orientador: Rodrigues, Camila Eleuterio
  • Assuntos: Trocador 3 De Sódio-Hidrogênio; Aquaporina 2; Capacidade De Concentração Renal; Injúria Renal Aguda; Modelos Logísticos; Sodium-Hydrogen Exchanger 3; Logistic Models; Kidney Concentrating Ability; Aquaporin 2; Acute Kidney Injury
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O diagnóstico de injúria renal aguda (IRA) atualmente é feito com base na redução do volume urinário ou no aumento de creatinina sérica dos pacientes, situações que podem ser tardias ou mesmo ausentes em alguns casos de lesão renal. Novos biomarcadores vêm sendo estudados como possibilidade de diagnóstico mais precoce ou predição de IRA, mas grande parte deles ainda não está disponível na maior parte dos centros clínicos. O objetivo do presente estudo é avaliar se a excreção urinária de solutos pode ser um preditor de IRA em pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Para isso foram estudados pacientes sem IRA, mas com alto risco para o seu desenvolvimento, admitidos em três UTIs de um hospital público de São Paulo. Amostras de urina foram coletadas diariamente até o sétimo dia de internação ou alta da UTI, e variáveis bioquímicas e a expressão de transportadores urinários foram estudados. As amostras coletadas um dia antes do diagnóstico de IRA conforme o critério KDIGO foram avaliadas (D-1). Para os pacientes que não tiveram o diagnóstico de IRA durante a internação, amostras dos primeiros 5 dias foram consideradas, e os valores utilizados são a média desses dias (D1-D5). Os valores obtidos entre os pacientes que desenvolveram IRA (IRA+) ou não (IRA-) foram comparados, e um modelo de regressão logística binária foi proposto para possível predição de IRA. Foram avaliados 52 pacientes, 23 no grupo IRA+ e 29 no grupo IRA-, sendo que a maior parte dos pacientes IRA+ apresentou KDIGO1. Os pacientes que evoluíram com IRA apresentavam maiores índices de gravidade em UTI (SAPS3 e SOFA). Em D-1, os valores de ureia e creatinina séricas dos pacientes IRA+ já eram maiores que as médias D1-D5 dos pacientes IRA-, e a excreção urinária de sódio corrigida pela creatinina urinária também se mostrou menor nos pacientes que evoluíram com IRA. A excreção osmolar urinária medida ou estimada não foi diferente entre os grupos, e não houve diferença na mortalidade hospitalar (IRA+: 34,8% e IRA-: 13,8%, p=0,1). O modelo de regressão logística binária IRA incluiu o critério de gravidade SOFA, creatinina sérica basal, e concentração urinária de sódio corrigida pela creatinina em D-1, onde a baixa concentração de sódio urinário foi relacionada ao maior risco de desenvolvimento de IRA (sensibilidade de 83%, especificidade de 72% e AUC ROC: 0,83). A expressão do trocador sódio-hidrogênio NHE3 dos pacientes IRA+ foi aumentada quando comparada aos pacientes IRA-, compatível com a menor excreção de sódio desses pacientes. A excreção urinária de sódio foi menor nos pacientes que evoluíram com óbito intra-hospitalar, e a menor excreção de sódio e potássio urinários parece estar associada à mortalidade intra-hospitalar. Nossos dados demonstram que a baixa concentração urinária de sódio pode contribuir para a predição de IRA, e que a expressão diferenciada de transportadores urinários nesses pacientes pode representar o correspondente fisiopatológico para este achado
  • DOI: 10.11606/D.5.2022.tde-26042022-143919
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2022-01-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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