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Regulação endócrina e parácrina do nicho espermatogonial em Astyanax altiparanae (Teleostei, Characidae): O papel do Amh.

Camargo, Marília De Paiva

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Ciências Biomédicas 2022-02-04

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Regulação endócrina e parácrina do nicho espermatogonial em Astyanax altiparanae (Teleostei, Characidae): O papel do Amh.
  • Autor: Camargo, Marília De Paiva
  • Orientador: Borella, Maria Ines
  • Assuntos: Espermatogônia Indiferenciada; Astyanax Altiparanae; Andrógeno; Hormônio Anti-Mülleriano; Clonagem Molecular; Gonadotropinas; Molecular Cloning; Gonadotropins; Anti-Müllerian Hormone; Androgen; Undifferentiated Spermatogonia
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: ICB – T.6122 – Observação - Tombo versão digital
  • Descrição: A espermatogênese em peixes é regulada tanto pelas gonadotropinas Lh (hormônio luteinizante) e Fsh (hormônio folículo estimulante) (regulação endócrina), como, também, por fatores de crescimento (regulação parácrina). Dentre os fatores regulados pelo Fsh, está o hormônio Anti-Mülleriano (Amh), uma glicoproteína pertencente à família Fator de Crescimento Transformante do tipo Beta (TGFα6), secretado pelas células de Sertoli e que em algumas espécies está envolvido com a inibição da diferenciação espermatogonial. Para esclarecer a regulação endócrina e parácrina do nicho espermatogonial em espécies nativas, foi utilizado como espécie modelo o Characiforme Astyanax altiparanae, o qual tem sido considerado uma espécie modelo neotropical e de grande importância para aquicultura brasileira e com potenciais econômicos e ecológicos. Foi realizado o isolamento e caracterização molecular do cDNA para o Amh por meio de RT-PCR e RACE-PCR, o qual apresentou 2738 pares de bases (pb) de extensão e open reading frame (ORF) de 1629 pb. Apresenta, ainda, 5 UTR com 72 pb, 3 UTR com 1014 pb e cauda poli-A de 23 bases. A dedução desta sequência em aminoácidos resulta em uma proteína de 543 aminoácidos. De acordo com análise da árvore filogenética, o Amh de A. altiparanae apresentou forte relação com outras espécies de peixes ósseos, especialmente das ordens Characiformes, Cypriniformes, Cichliformes e Perciformes. Foi avaliada a possível alteração de expressão gênica de amh ao longo do ciclo reprodutivo de A. altiparanae em cativeiro e, os dados demonstraram que há diferença estatística quando comparamos as estações de verão com a de outono e, também, quando comparamos a de outono com a de inverno. Por meio de qPCR também foi avaliada a expressão de amh em diferentes órgãos e tecidos de machos e fêmeas de A. altiparanae e, embora haja níveis de transcritos nos órgãos como coração, músculo e cérebro de ambos os sexos, os testículos apresentaram níveis maiores de transcritos de amh. A localização celular específica de Amh foi analisada por meio das técnicas de imuno-histoquímica por peroxidase e imunoflorescência, utilizando-se o anticorpo policlonal anti-Amh produzido a partir da sequência previamente clonada. Em ambas as técnicas houve imunomarcações em células de Sertoli, as quais envolviam tanto espermatogônias indiferenciadas (Aund), quanto espermatogônias diferenciadas do tipo A (Adiff). O sinal tornava-se fraco ou ausente em células germinativas mais tardias como espermatogônias do tipo B, espermatócitos e espermátides. Por fim, foi realizada cultura de tecido com o objetivo de avaliar a liberação de andrógeno 11-cetotestosterona (11-KT) sob influência de Fsh e Lh, visto que este hormônio também está relacionado com a regulação da espermatogênese e expressão de Amh. Embora o Fsh tenha sido caracterizado como principal hormônio regulador de 11-KT, o Lh se mostrou mais efetivo. Os resultados obtidos trarão melhor compreensão da biologia reprodutiva de A. altiparanae, bem como da homeostase da espermatogênese. Além disso, os resultados sobre a regulação do nicho espermatogonial por meio do Amh, darão subsídios em como estes aspectos podem influenciar a autorrenovação e diferenciação das espermatogônias indiferenciadas, possíveis candidatas às espermatogônias-tronco.
  • DOI: 10.11606/T.42.2022.tde-22082023-090716
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Ciências Biomédicas
  • Data de criação/publicação: 2022-02-04
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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