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“E saber a língua geral de índios”: reconfigurações linguísticas nas vilas de índios da capitania da Bahia

Souza, Pedro Daniel dos Santos

História (São Paulo, Brazil), 2021, Vol.40 [Periódico revisado por pares]

Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho

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  • Título:
    “E saber a língua geral de índios”: reconfigurações linguísticas nas vilas de índios da capitania da Bahia
  • Autor: Souza, Pedro Daniel dos Santos
  • Assuntos: Capitania da Bahia ; Diretório dos índios ; HISTORY ; língua geral ; políticas linguísticas ; vilas de índios
  • É parte de: História (São Paulo, Brazil), 2021, Vol.40
  • Descrição: RESUMO Na segunda metade do século XVIII, a política linguística determinada pelo Diretório dos índios, ou pombalino, previa a obrigatoriedade do uso e ensino da língua portuguesa, assim como a proibição das línguas indígenas e, de forma particular, da chamada língua geral. Quando o Diretório foi confirmado e estendido ao Estado do Brasil, o tribunal especial do Conselho Ultramarino, instalado na Bahia, ficou encarregado de tomar as providências necessárias para execução dessa nova política indigenista do governo de D. José I. Considerando a “civilidade” das populações indígenas que o governo josefino pretendia alcançar, este trabalho discute a política linguística expressa no Diretório e as suas formas de implementação por meio da “escola para índios” nas vilas erigidas na Capitania da Bahia, variáveis fundamentais para a compreensão do avanço da língua portuguesa nesses espaços e suas implicações, o que não significa o imediato desaparecimento das línguas indígenas. Na perspectiva de uma história social da cultura escrita, reflete-se sobre os agenciamentos dos indígenas vilados e as estratégias de negociações e resistências ao processo de “civilização” expresso na política indigenista da Coroa portuguesa no tocante à gestão das línguas, que se manifestam nas permanências dos usos das línguas indígenas. ABSTRACT In the second half of the 18th century, the language policy laid down by the Directory of the Indians, or Pombalino, provided for the compulsory use and teaching of the Portuguese language, as well as the prohibition of indigenous languages and, in particular, the so-called general language. When the Directory was confirmed and extended to the State of Brazil, the special court of the Overseas Council, installed in Bahia, was in charge of taking the necessary measures to implement this new indigenous policy of the government of D. José I. Taking into account the "civility" of the indigenous populations that the government of José I wanted to achieve, this work discusses the linguistic policy expressed in the Directory and its forms of implementation through the "school for indigenous" in the villages erected in the Captaincy of Bahia, fundamental variables for the understanding of the advance of the Portuguese language in these spaces and its implications, which does not mean the immediate disappearance of the indigenous languages. From the perspective of a social history of written culture, it is reflected on the agencies of the indigenous villagers and the strategies of negotiations and resistance to the process of "civilization" expressed in the indigenous policy of the Portuguese Crown with regard to the management of languages, which are manifested in the continuing uses of indigenous languages.
  • Editor: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho
  • Idioma: Português;Inglês

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