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Multimorbidade em idosos: prevalência, padrões de ocorrência e utilização de serviços de saúde na cidade de São Paulo, Brasil

Medeiros, Kaio Keomma Aires Silva

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2023-01-27

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Multimorbidade em idosos: prevalência, padrões de ocorrência e utilização de serviços de saúde na cidade de São Paulo, Brasil
  • Autor: Medeiros, Kaio Keomma Aires Silva
  • Orientador: Bousquat, Aylene Emilia Moraes
  • Assuntos: Envelhecimento; Fatores De Risco; Multimorbidade; Utilização De Serviços De Saúde; Aged; Health Surveys; Multimorbidity; Prevalence; Risk Factors
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O objetivo deste estudo foi analisar a multimorbidade em idosos em função de sua prevalência, padrões de ocorrência e utilização de serviços de saúde. Foi realizada uma pesquisa transversal, aninhada ao ISA-Capital, na cidade de São Paulo, com 1019 idosos com 60 anos ou mais. Os dados foram analisados com auxílio do Software Stata e os resultados apresentados em três artigos científicos. A prevalência de multimorbidade foi de 40% (IC95% 36,6 - 43,8), sendo maior nas mulheres (aRP= 1,95 [comparado com homens]; IC95% 1,58 - 2,40), nos indivíduos com 75 anos ou mais (aRP=1,25 [comparado com indivíduos de 60 a 64 anos]; IC95% 1,01 - 1,60), nos pretos (aRP= 1,28 [comparado com brancos]; IC95% 1,04 -1,59), nas pessoas de alta renda (aRP=1,27 [comparado com baixa renda]; IC95% 1,09 - 1,50) e nos exfumantes (aRP=1,30 [comparado com quem nunca fumou]; IC95% 1,05 - 1,60), e menor nos que se declararam fumantes (aRP=0,72 [comparado com quem nunca fumou]; IC95% 1,09 - 1,50). Os padrões mais comuns de ocorrência da multimorbidade foram as díades hipertensão arterial sistêmica /diabetes mellitus tipo 2 (18,3%; IC95% 15,9 - 20,7; p<0,001), hipertensão arterial sistêmica/ artrite e reumatismo (15,4%; IC95% 13,1 - 17,6; p=0,008), hipertensão arterial sistêmica/ osteoporose (9,2%; IC95% 7,4 - 10,9; p=0,258); e, artrite e reumatismo/osteoporose (7,8%; IC95% 6,1 - 9,5; p<0,001). Sobre utilização de serviços, a taxa de idosos multimórbidos aumentou em todos os recortes considerados, a patamares de 35% naqueles que foram a um serviço de saúde uma ou mais vezes nos últimos 30 dias (aRP= 1,35 [comparado nenhuma vez]; IC95% 1,15 - 1,59), 28% em indivíduos com histórico de hospitalização em uma ou mais oportunidades em 12 meses (aRP=1,28 [comparado ausência de histórico de hospitalização]; IC95% 1,05 - 1,58), 20% em quem reportou cobertura por algum plano de saúde (aRP=1,20 [comparado com não coberto]; IC95% 1,02 - 1,42) e 24% em quem informou ter um equipamento de saúde como referência para atendimento (aRP=1,24 [comparado com quem não possui]; IC95% 1,01 - 1,53). Em conclusão, a prevalência de multimorbidade foi inferior a reportada na maioria dos estudos revisados, mas houve consistência sobre a sua associação com sexo, idade, cor da pele, tabagismo e nível socioeconômico. Ademais, embora com agrupamentos em torno de afecções cardiovasculares, metabólicas e músculo-esqueléticas, tal como a literatura revisada, os padrões mais comuns de ocorrência foram substancialmente diferentes dos já reportados. A maior frequência de utilização de serviços de saúde, assim como as maiores taxas de hospitalização, em indivíduos multimórbidos, foram achados consistentes com outras pesquisas, apontando para grandes desafios para os sistemas de saúde, sobretudo no que se refere a integralidade da atenção e a coordenação do cuidado com base em serviços de atenção primária.
  • DOI: 10.11606/T.6.2023.tde-19042023-181215
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 2023-01-27
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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