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Alterações de orelha média e desenvolvimento de linguagem

Pereira, Marília Barbieri

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2023-05-24

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Alterações de orelha média e desenvolvimento de linguagem
  • Autor: Pereira, Marília Barbieri
  • Orientador: Samelli, Alessandra Giannella
  • Assuntos: Audição; Saúde Pública; Otite Média; Linguagem Infantil; Transtornos Do Desenvolvimento De Linguagem; Estudos De Coortes; Educação Em Saúde; Health Education; Hearing; Cohort Studies; Otitis Media; Public Health; Child Language; Language Development Disorders
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: A prevalência de alterações de orelha média na primeira infância caracteriza-se como um problema de Saúde Pública. O impacto das otites médias (OM) na fala e linguagem ainda é controverso. Assim, a identificação da interferência da OM na aquisição e desenvolvimento de linguagem e estratégias de educação em saúde sobre a doença e suas implicações tornam-se vitais. A pandemia de COVID-19 afetou, em especial, a população infantil; pesquisas visando estabelecer seus efeitos no desenvolvimento também se configuram cruciais. Objetivo: Esta pesquisa objetivou verificar a influência das alterações de orelha média, bem como de orientações específicas sobre linguagem e audição, no desenvolvimento linguístico e auditivo em bebês de seis a 18 meses de idade; e depois, aos três anos de idade, analisando os efeitos da pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo de coorte prospectivo. Participaram deste estudo 22 crianças a partir de seis meses de idade, divididas aleatoriamente em Grupo Pesquisa (GP, n=13) que, além das avaliações de audição e linguagem, recebeu orientações; e Grupo Controle (GC, n=9), que realizou somente as avaliações. Realizou-se cinco acompanhamentos: avaliação inicial aos seis meses e reavaliações aos oito, dez, 12 e 18 meses, compostas de: avaliação audiológica (anamnese, inspeção do meato acústico externo, imitanciometria, Emissões Otoacústicas Transientes e Teste de localização sonora) e avaliação de linguagem (Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver II, domínio de Linguagem e Protocolo ASHA Como o seu/sua filho/a ouve e fala?). Para avaliar a assimilação e aproveitamento das orientações foram aplicados Questionários Pré na avaliação inicial, Intermediário (12 meses) e Pós-orientações (18 meses) com os responsáveis. Posteriormente, durante a pandemia, nove crianças foram acompanhadas remotamente aos três anos, por meio de questionário aos pais, com perguntas relativas à saúde, alimentação, sono, aspectos emocionais e comportamentais; desenvolvimento em geral, audição, fala e linguagem das crianças; e investigação sobre realização das orientações. Resultados: Observou-se 95,46% de prevalência de alterações de orelha média. Quanto à avaliação de linguagem, observou-se poucas falhas, havendo somente 4,54% de alteração em ambos os testes, aos 18 meses. Não houve diferença estatisticamente significante entre as falhas do GP e GC, tanto na avaliação audiológica, quanto na avaliação de linguagem. Não foi observada associação estatisticamente significante entre os resultados da avaliação audiológica e avaliação de linguagem. A avaliação do aproveitamento das orientações mostrou que no momento intermediário há evidência de diferença entre as médias da pontuação, indicando maior aprendizado e retenção no GP. Não houve evidência de aprendizado com diferença estatisticamente significante no GC entre Questionário Pré e Intermediário, porém houve aumento de pontuação do Questionário Pós, indicando aumento do conhecimento. Qualitativamente, ambos os grupos tiveram a maioria dos responsáveis apontando utilidade das avaliações / orientações, mencionando tópicos de aprendizado, referindo colocá-los em prática. Quanto ao acompanhamento remoto na pandemia, foi relatada boa alimentação, sono, desenvolvimento geral e audição. Não foi observada associação estatisticamente significante entre as variáveis saúde, emocional, fala/linguagem, frequência escola/creche e realização de orientações, avaliação audiológica e avaliação de linguagem aos 18 meses. Além disso, não foi verificada diferença estatisticamente significante entre a pontuação média no Questionário Pós para as variáveis saúde, emocional e frequência escola/creche. Todas as famílias relataram realizar as orientações recebidas na pandemia. Conclusão: Verificou-se alta prevalência de alterações de orelha média e sua recorrência na população estudada, porém não houve associação das avaliações audiológicas alteradas com o desempenho linguístico até os 18 meses. Há indicação de maior aprendizado e retenção de conteúdos orientados no GP, reforçando a importância das orientações. No acompanhamento durante a pandemia não houve associação entre os aspectos investigados e o recebimento de orientações, avaliação audiológica e avaliação de linguagem aos 18 meses; assim como não foi verificada associação entre o aprendizado durante as avaliações / orientações com a avaliação dos pais em relação à saúde, emocional e frequência escola/creche de seus filhos
  • DOI: 10.11606/T.5.2023.tde-24082023-162705
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2023-05-24
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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