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O desenvolvimento do projeto Agroflorestar no Assentamento Mário Lago: dos processos de aprendizagem à transformação da atividade

Zonetti, Vitor Moretti

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Artes, Ciências e Humanidades 2019-02-28

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    O desenvolvimento do projeto Agroflorestar no Assentamento Mário Lago: dos processos de aprendizagem à transformação da atividade
  • Autor: Zonetti, Vitor Moretti
  • Orientador: Lenzi, Cristiano Luis
  • Assuntos: Teoria Da Atividade; Projeto Agroflorestar; Assentamento Mário Lago; Aprendizagem Expansiva; Agroecologia; Agroforestry; Agroecology; Expansive Learning; Rural Social Movements; Activity Theory
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A presente pesquisa objetivou descrever historicamente os processos de aprendizagem criados pelos integrantes do Assentamento Mário Lago sobre Sistemas Agroflorestais Agroecológicos (SAF) no âmbito do Projeto Agroflorestar e de projetos complementares, valorizando os significados de agroecologia desenvolvidos pelos assentados após estas experiências. Para tais preposições, a pesquisa possui uma abordagem dialética para a compreensão das contradições que compuseram o objeto de estudo. A coleta de dados foi realizada pela observação não participante de assembleias do Setor de Produção deste assentamento nos meses de junho, julho e agosto de 2018 e por entrevistas semiestruturadas com um integrante da coordenação do Projeto Agroflorestar e assentados, bem como, com consumidores que vivem na cidade de Ribeirão Preto - SP. Os resultados apontam que a adoção da agroecologia como o novo paradigma produtivo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deliberado nacionalmente a partir de 2000, influenciou a constituição de assentamentos agroecológicos. É neste contexto político que se insere o Assentamento Mário Lago como território integrante do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) da Fazenda da Barra, situado em uma área de recarga do Aquífero Guarani próxima a cidade de Ribeirão Preto SP e que incorporou as premissas da Comuna da Terra ao reintegrar trabalhadores ao espaço rural. Devido as novas circunstâncias políticas apresentadas pelo paradigma agroecológico, os integrantes do Assentamento Mário Lago passaram a realizar novas alianças sociais para incrementar seus sistemas produtivos. Neste processo, o Centro de Formação Sócio-Agrícola Dom Hélder Câmara foi abordado pela Cooperafloresta, uma cooperativa de comunidades quilombolas e agricultores familiares da região do Vale do Ribeira, para desenvolver a formação de assentados sobre Sistemas Agroflorestais Agroecológicos nas escolas do MST. As particularidades fundantes do Assentamento Mário Lago condicionaram o desenvolvimento do Projeto Agroflorestar junto aos agricultores, ou seja, em sua base economicamente produtiva e não necessariamente na educação formal. Desta forma, os processos de aprendizagem foram gerados de forma autônoma a partir das necessidades objetivas dos assentados envolvidos e, devido a necessidade de constante formação sobre o manejo dos Sistemas Agroflorestais Agroecológicos e escoamento da produção agrícola, um determinado grupo fundou a Cooperativa Agroflorestal Comuna da Terra. Concluiu-se que os SAFs, ao se tornarem o novo objeto de interação destes Sem Terras, passaram a oferecer novas dinâmicas de trabalho coletivo pautado em processos de aprendizagem coletiva realizados pelo trabalho e, consequentemente, levaram a liderança destes processos de aprendizagem a se organizarem entorno da citada cooperativa. Foi justamente este grupo de assentados que teve sua atividade transformada, ao abarcarem a dimensão ambiental como elemento constituinte de sua realidade objetiva, uma vez que as distintas subjetividades passaram a ter as relações ecológicas como integrantes de suas visões de mundo. Desta forma, o desenvolvimento do Projeto Agroflorestar foi de suma relevância para a efetivação da agroecologia no Assentamento Mário Lago, ainda que o plantio de Sistemas Agroflorestais Agroecológicos esteja restrito a um determinado grupo social
  • DOI: 10.11606/D.100.2019.tde-24042019-194155
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Artes, Ciências e Humanidades
  • Data de criação/publicação: 2019-02-28
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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