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Por que eles ainda gravam? Discos e artistas em ação

Picchia, Paulo Menotti Del

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2013-11-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Por que eles ainda gravam? Discos e artistas em ação
  • Autor: Picchia, Paulo Menotti Del
  • Orientador: Hikiji, Rose Satiko Gitirana
  • Assuntos: Agência; Música; Técnica; Disco; Curto-Circuito; Arte; Art; Agency; Record; Short-Circuit; Technique; Music
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: Esta dissertação une antropologia e música para analisar processos contemporâneos de produção de discos e músicos na cidade de São Paulo. A questão central que permeia todo texto é a seguinte: por que ainda se grava discos na era da música digital compartilhada no ciberespaço através da internet? Em outras palavras, por que no mesmo período em que as vendas de discos físicos (CDs e discos de vinil) diminuíram, colocando as grandes companhias fonográficas numa crise sem precedentes, um grupo de compositores urbanos passou a produzir e lançar discos físicos de forma autônoma, contínua e intensa? Acompanhando processos criativos e produtivos de três compositores paulistas Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Tatá Aeroplano , o disco emergiu como agente fundamental realizando as mediações que possibilitam aos compositores se constituírem enquanto artistas, construindo uma imagem pública (e uma sonoridade), e conquistando reconhecimento coletivo. O mesmo processo de digitalização que desencadeou a pirataria musical na internet, desencadeou um curto-circuito entre arte e técnica no fazer musical, e um curto-circuito entre artista e público, reconfigurando o lugar social dos discos para esse grupo de compositores que ainda faz questão de gravar e lançar músicas próprias. No primeiro capítulo, baseado numa etnografia dentro de estúdios, acompanhei a gravação dos discos Bahia Fantástica (Rodrigo Campos), Tatá Aeroplano (Tatá Aeroplano) e Metal Metal (Kiko Dinucci). Identifiquei dinâmicas coletivas de arranjo das canções que caracterizam um processo criativo no qual as atividades de todos os envolvidos são permeáveis entre si, e em que arte e técnica se interpenetram. No segundo capítulo, realizei uma experimentação musical com a teoria da agência de Alfred Gell, para analisar como os discos agem fora dos estúdios transformando a vida dos envolvidos em sua produção. Os discos, tratados aqui como indexes musicais, se mostraram sujeitos atuantes nos processos de construção dos artistas. No terceiro e último capítulo, segui os três compositores na internet mapeando alguns usos e estratégias de ação no ciberespaço. Procurei descrever como os discos são disponibilizados no mundo digital, especialmente em redes sociais que possibilitam uma comunicação direta entre artistas e público. Os três capítulos juntos descrevem como os discos gravam os artistas, tanto quanto os artistas gravam os discos.
  • DOI: 10.11606/D.8.2013.tde-13012014-120650
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2013-11-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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