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Grupo e criação na clínica do autismo
Britto, Cecilia Galvão De
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2018-06-29
Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.
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Título:
Grupo e criação na clínica do autismo
Autor:
Britto, Cecilia Galvão De
Orientador:
Castanho, Pablo de Carvalho Godoy; Kupfer, Maria Cristina Machado
Assuntos:
Grupo
;
Autismo
;
Psicanálise
;
Criação
;
Intervenção Triangular
;
Infância
;
Psychoanalysis
;
Autism
;
Group
;
Creation
;
Childhood
;
Triangular Intervention
Notas:
Dissertação (Mestrado)
Descrição:
O presente trabalho parte das questões da pesquisadora diante da clínica do autismo, em especial ao dispositivo clínico de grupos com crianças autistas, psicóticas e neuróticas, tendo a criação como ferramenta de intervenção. A experiência com esse tipo de clínica levou a autora a buscar um entendimento da criação como ferramenta clínica do tratamento do autismo em grupos heterogêneos, sendo esse o objetivo geral da pesquisa em questão. Ainda, como objetivos específicos, busca-se: contribuir para a construção de operadores teóricosclínicos para a clínica do autismo; contribuir para pensar a clínica de grupos sob um olhar lacaniano a partir de um diálogo com Kaës. Para tal, foi realizada uma articulação entre o que os psicanalistas lacanianos formulam acerca do autismo e o que Kaës propõe acerca dos grupos, valendo-nos especialmente de suas formulações acerca das alianças inconscientes, nelas introduzindo considerações lacanianas sobre a identificação da própria marca subjetiva. A sustentação metodológica dessa articulação se dá a partir da teorização de Luis Claudio Figueiredo do atravessamento de paradigmas. A partir da leitura feita no desenvolvimento do trabalho, concluímos que a criação tem efeitos numa dupla vertente: enquanto ferramenta da qual o tratamento junto a essas crianças pode se valer, abrangendo aí brincadeira, os jogos, a contação de histórias, a arte e demais formas de expressão da cultura e da linguagem (ou seja, uma forma de articulação do sujeito com o Outro). A segunda vertente seria a da criação como aquilo que o sujeito consegue produzir. No caso do autista, o que propomos é que a criação enquanto produção se dá por meio de uma ordenação do mundo interno, da construção de uma imagem corporal, de um modo de estar no laço e de um dizer que possa ser singular, ou seja, que ultrapasse o anonimato por meio de sua articulação na trama da cultura, da linguagem, do Outro justamente a partir do que há de mais próprio nele: sua singularidade. Considerando o fechamento desses sujeitos ao outro, propomos como estratégia a chamada intervenção triangular. Novamente, nessa clínica específica pensamos que há uma dupla vertente: no grupo e pela criação. No grupo, esta se dá pela mediatização do analista, que direciona uma criança à outra, que empresta a voz àquilo que não está conseguindo ser dito. Ainda, as próprias crianças podem, por vezes, fazer esse papel. Na criação, a intervenção triangular se dá quando a criação pode operar como um terceiro, quando pode ter efeito de intermédio para as trocas. A partir dela, os sujeitos podem ir se apropriando do que é da cultura do Outro , bem como podem ir fazendo trocas simbólicas e construções do seu Eu, por meio das identificações
DOI:
10.11606/D.47.2018.tde-26102018-193922
Editor:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
Data de criação/publicação:
2018-06-29
Formato:
Adobe PDF
Idioma:
Português
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