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Habitação popular na área central de Manaus: processos de territorialização e de desterritorialização de palafitas e flutuantes

Simões, Isabella De Bonis Silva

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 2021-12-14

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Habitação popular na área central de Manaus: processos de territorialização e de desterritorialização de palafitas e flutuantes
  • Autor: Simões, Isabella De Bonis Silva
  • Orientador: Leitão, Karina Oliveira
  • Assuntos: Ambiente Úmido; Palafitas; Habitações Flutuantes; Habitação; Desterritorialização; Floating; Deterritorialization; Housing; Humid Environment; Stilts
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O presente trabalho investigou e analisou a habitação popular em ambiente úmido na área central de Manaus ao longo do século XX e seus desdobramentos no século XXI. O interesse desta pesquisa é entender as necessidades habitacionais em Manaus que desencadearam o processo de ocupação sobre as águas da cidade, sobretudo as do Rio Negro e seus afluentes, que possuem grandes mudanças de nível durante seu ciclo anual. O fenômeno de ocupar zonas úmidas na área central nos bairros do Educandos, São Raimundo e igarapés do Centro Histórico começou de maneira discreta na década de 1920, porém após quarenta anos Manaus possuía um sistema territorial complexo de habitação palafítica nos beiradões e casas flutuantes sobre o Rio Negro e igarapés intraurbanos. O processo de territorialização e consolidação dessas comunidades se deu até o Golpe Militar de 1964, quando a implementação de novos projetos de desenvolvimento, sobretudo o da Zona Franca de Manaus, gerou uma ofensiva governamental apoiada pelas elites locais contra esse modo de habitar, com o intuito de higienizar e modernizar a cidade. Assim, a partir de 1967 inicia um processo de desterritorialização dessas moradias úmidas que resultou no espraiamento da pobreza e precariedade urbana em diversos bairros da cidade de Manaus. Apesar da violência operada pelos governos responsáveis pela dissolução das moradias úmidas, os beiradões de palafitas e a ocupação de igarapés intraurbanos permaneceram e continuaram se adensando ao longo das décadas de 1970 e 1980. Assim, na década de 1990 o Governo do Amazonas lançou o projeto da Manaus Moderna, que previa a construção de uma via que ligava o porto de Manaus com o Distrito Industrial. Para realizar esse projeto foi feita a drenagem de alguns trechos de igarapés, o que ocasionou a remoção de inúmeras palafitas. Posteriormente, já no século XXI temos a implementação do PROSAMIM (Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus), com um modelo de projeto muito próximo ao da Manaus Moderna, porém além da drenagem dos igarapés propôs também habitação sobre os leitos canalizados. Esses projetos levaram à quase extinção de habitações úmidas na região central e a uma periferização ainda maior da habitação popular. A pesquisa se vale de vasta investigação em acervos fotográficos, fontes oficiais e jornais locais para consolidar a visão panorâmica pretendida sobre o morar sobre as águas nesta cidade.
  • DOI: 10.11606/D.16.2021.tde-01062022-183939
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
  • Data de criação/publicação: 2021-12-14
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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