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Desfechos clínicos associados à identificação de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em secreção respiratória de lactentes e pré-escolares com fibrose cística

Garcia-Zapata, Patricia Gabriella Rocha Carneiro

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2024-02-06

Acesso online

  • Título:
    Desfechos clínicos associados à identificação de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) em secreção respiratória de lactentes e pré-escolares com fibrose cística
  • Autor: Garcia-Zapata, Patricia Gabriella Rocha Carneiro
  • Orientador: Silva Filho, Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da
  • Assuntos: Tórax; Bronquiectasia; Tomografia Computadorizada; Espirometria; Fibrose Cística; Staphylococcus Aureus Resistente A Meticilina; Pneumopatias; Thorax; Spirometry; Methicillin-Resistant Staphylococcus Aureus; Lung Disease; Cystic Fibrosis; Computed Tomography; Bronchiectasis
  • Descrição: As infecções por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) são comumente descritas em indivíduos com fibrose cística (FC) com doença avançada e histórico de internações frequentes, mas não se sabe ao certo seu papel entre lactentes e pré-escolares com FC. O objetivo deste estudo foi comparar desfechos clínicos, funcionais e radiológicos entre pacientes com isolamento de MRSA (grupo MRSA) e aqueles sem isolamento do patógeno nos primeiros 5 anos de vida (grupo controle). Essa coorte retrospectiva avaliou indivíduos com FC acompanhados regularmente no ambulatório da Instituição. Foram utilizados dados contidos na plataforma do REBRAFC (Registro Brasileiro de Fibrose Cística), incluindo valores de cloreto no suor, função pulmonar entre 6 e 7 anos de idade, antropometria na primeira consulta, aos 12 meses de idade e 5 anos de idade, juntamente com dados de prontuários eletrônicos dos pacientes (exacerbações e uso de antimicrobianos, imagens tomográficas). As imagens da primeira tomografia de tórax realizada pelos indivíduos foram analisadas por meio do software PRAGMA-CF (Perth-Rotterdam Annotated Grid Morphometric Analysis for CF). As variáveis qualitativas foram resumidas em frequências absolutas e relativas. As quantitativas, foram descritas em médias, desvios-padrão, quartis, valores mínimo e máximo. As comparações entre os grupos para variáveis quantitativas empregaram o teste t de Student ou teste t de Welch para amostras independentes, ou teste de Mann-Whitney para variáveis com distribuição assimétrica. Para variáveis qualitativas foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher. Foram incluídos 32 pacientes no grupo MRSA e 49 pacientes no grupo controle. Não houve diferença estatística quanto à frequência da variante F508del entre os grupos, mas os valores de cloreto no suor foram mais elevados entre os indivíduos do grupo MRSA. Os pacientes do grupo MRSA apresentaram maior mediana do número de cursos de antibióticos até os 5 anos de idade (p=0,032) e maior número mediano de dias de antibiótico nesse período (p=0,012). Tratamentos de erradicação de MRSA foram realizados em apenas 62,5% das ocasiões em que o patógeno foi identificado. O percentual médio de culturas positivas para S. aureus sensível à oxacilina foi maior no grupo controle (p<0,001). Não houve diferença significante quanto ao número ou total de dias de admissões hospitalares entre os grupos. Não foram encontradas diferenças significantes entre os grupos com relação às medidas antropométricas. Em compensação, foram encontradas diferenças entre os grupos em relação à função pulmonar, com valores médios de VEF1 (Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo) menores no grupo MRSA. Adicionalmente, na análise das tomografias, o achado de bronquiectasias foi evidenciado com maior frequência no grupo MRSA (p=0,041). Desse modo, esse estudo evidenciou que a identificação do MRSA antes dos 5 anos de idade foi associada a maior frequência de exacerbações e uso de antibioticoterapia oral, mas não admissões hospitalares. Alterações funcionais e estruturais pulmonares foram evidenciadas em frequência significantemente maior entre os indivíduos com MRSA. Esses resultados reforçam a importância desse agente infeccioso como marcador de mau prognóstico para doença pulmonar precoce em pessoas com FC
  • DOI: 10.11606/D.5.2024.tde-20052024-124507
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2024-02-06
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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