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Ambiente de prática profissional, carga de trabalho e omissão de cuidados de enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva

Silva, Renata Pereira Lima

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2018-11-12

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Ambiente de prática profissional, carga de trabalho e omissão de cuidados de enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
  • Autor: Silva, Renata Pereira Lima
  • Orientador: Laus, Ana Maria
  • Assuntos: Ambiente De Instituições De Saúde; Carga De Trabalho; Cuidados De Enfermagem; Downsizing Organizacional; Segurança Do Paciente; Personnel Downsizing; Patient Safety; Nursing Care; Health Facility Environment; Workload
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Para garantir a segurança dos pacientes e os resultados de qualidade da assistência faz-se necessário investir na melhoria da prática assistencial de enfermagem, uma vez que essa pode ser influenciada diretamente pela gestão organizacional. Um ambiente de trabalho favorável deve levar em consideração vários fatores, entre os quais, a complexidade dos pacientes, carga de trabalho e composição qualiquantitativa dos profissionais de enfermagem. A identificação de fatores individuais e sistêmicos em ambientes de cuidados, particularmente naqueles de alta complexidade, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), podem beneficiar a prática profissional do enfermeiro e de sua equipe, bem como subsidiar a implantação de ações que contribuam para o alcance de padrões de qualidade nos indicadores relacionados à assistência ao paciente. O objetivo desse estudo foi caracterizar os ambientes de prática profissional, a carga de trabalho e a omissão de cuidados de enfermagem segundo a percepção dos enfermeiros. Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, realizado em três UTI\'s de grande porte de uma cidade do interior do Estado de São Paulo. A população foi constituída pelos enfermeiros lotados nessas unidades, envolvidos na assistência direta ao paciente, com tempo de experiência profissional na instituição superior a três meses e presentes na unidade no período de realização do estudo entre dezembro de 2017 a março de 2018. A coleta de dados foi feita por meio da aplicação dos instrumentos autoaplicáveis de caracterização pessoal e profissional, do PRACTICE ENVIRONMENT SCALE (PES) - versão brasileira e do MISSCARE-BRASIL. Utilizou-se estatística descritiva para análise e tratamento dos dados e os testes de Wilcoxon e exato de Fischer para testar associação entre variáveis. Participaram do estudo 29 enfermeiros, sendo a maioria do sexo feminino, com média de 35,5 anos de idade, 8,6 anos na função e 4,5 anos de experiência em terapia intensiva. A carga horária semanal desses profissionais foi em média de 34,4 horas, tendo trabalhado ainda 36,4 horas extras, em média, nos últimos 3 meses. A carga de trabalho medida pelo NAS variou de 64,76 a 89,98 pontos e tempo de assistência requerida pelos pacientes foi de 15,5 a 21,5 horas. Em relação ao ambiente de trabalho, as UTI\'s 1 e 3 foram consideradas ambientes mistos e a UTI 2, ambiente favorável a prática profissional, com melhores pontuações nas subescalas \"Relações colegiais entre médicos e enfermeiros\" nas UTI\'s 1 e 3 e \"Habilidade, liderança e suporte dos coordenadores/supervisores de enfermagem aos enfermeiros/equipe de enfermagem\" na UTI 2. No tocante a omissão de cuidados de enfermagem segundo a percepção dos enfermeiros participantes, aquele mais relatado nas três unidades foi \"Deambulação três vezes ao dia ou conforme prescrito\", sendo que o motivo \"Número inadequado de pessoal\" predominou nas UTI\'s 1 e 3. As maiores razões para a não realização de cuidados estiveram relacionadas aos recursos de \"Gerenciamento e liderança\" na UTI 1 e \"Recursos Laborais\" nas UTI 2 e 3. Os resultados relativos aos testes de associação evidenciaram que apenas a relação de pacientes atendidos por turno se mostrou estatisticamente significante ao ambiente de trabalho. Entretanto, os enfermeiros do ambiente favorável não relataram intenção de deixar o cargo, estando mais satisfeitos com o trabalho em equipe e em ser enfermeiro da sua unidade. O estudo possibilitou identificar elementos do ambiente de trabalho em terapia intensiva favoráveis à prática profissional e os pontos de enfrentamento passíveis de mudanças que demandam uma análise criteriosa por parte dos gestores de enfermagem, a fim de garantir o desenvolvimento de uma assistência com qualidade e segurança
  • DOI: 10.11606/D.22.2019.tde-18032019-191531
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2018-11-12
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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