Análise da associação de atividade física à síndrome metabólica em estudo populacional de nipo-brasileiros
ABCD PBi


Análise da associação de atividade física à síndrome metabólica em estudo populacional de nipo-brasileiros

  • Autor: Antonio R. Doro
  • Suely G. A Gimeno; Amélia T Hirai; Laércio Joel Franco; Sandra Roberta Gouvea Ferreira
  • Assuntos: DOENÇAS METABÓLICAS; IMIGRAÇÃO JAPONESA; ATIVIDADE FÍSICA
  • É parte de: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia São Paulo v. 50, n. 6, p. 1066-1074, 2006
  • Descrição: Doenças associadas ao sedentarismo podem ser prevenidas por mudanças no estilo de vida. Parte dos benefícios cardiovasculares da atividade física poderia advir de menor grau de inflamação. Este estudo descreve a atividade física de uma população de origem japonesa e analisa sua associação à síndrome metabólica (SM), ajustada para diversas variáveis. Baseou-se em banco de dados previamente constituído a partir de um estudo de base populacional em nipo-brasileiros. Foram incluídos 1330 indivíduos '> OU =' 30 anos, de ambos os sexos, residentes em Bauru, submetidos a entrevistas, sendo obtidos dados sócio-demográficos, de saúde, de atividade física e de dieta, além de exames médicos e laboratoriais. A avaliação da atividade física enfocou atividades no trabalho e nas horas vagas. O diagnóstico de SM foi baseado em adaptação para asiáticos dos critérios do NCEP. Empregou-se regressão logística, tendo a SM como variável resposta. Homens (46,1%) e mulheres apresentaram médias de idade semelhantes (57,0 '+ OU -' 12,8 e 56,9 '+ OU -' 12,2 anos, respectivamente). Houve leve predomínio do sexo feminino. Os homens apresentavam grau de instrução mais elevado e mais freqüentemente eram fumantes (p< 0,001); seus valores médios de IMC, cintura e de pressão arterial (p< 0,001) foram superiores aos das mulheres. Para ambos os sexos, a maioria referia praticar atividades de intensidade leve ou moderada nas horas vagas (81,2% dos homens e 86,6% das mulheres). Quanto ao esforço do
    trabalho, 87,8% dos homens classificaram seu esforço como leve ou moderado, contra 96,1% das mulheres. A distribuição dos níveis de AF invariavelmente revelou que as mulheres eram mais inativas (p= 0,01). Estratificando-se pela presença da SM, as mulheres e homens com SM eram significantemente mais velhos e apresentavam maiores valores antropométricos. Considerando a duração da caminhada ao trabalho, notou-se tendência a tempo menor entre aqueles ... ) com SM (p< 0,078). Conforme esperado, indivíduos com SM apresentaram níveis significantemente maiores de pressão arterial, glicemia, lípides e HOMA-IR quando comparados aos sem SM. O HDL foi menor no grupo com SM, sendo significante no sexo feminino. Os valores médios da PCR foram maiores nos indivíduos com SM. Na regressão logística, a idade, IMC, HOMA-IR e PCR se associaram independentemente à SM, o que não ocorreu com os parâmetros usados para mensurar AF. Nossos achados não permitem afirmar que a inatividade física associa-se à presença de SM numa população nipo-brasileira. A freqüência bastante alta de inatividade física deve ter contribuído para os achados negativos quanto a efeitos protetores da atividade física. O achado de associação da SM à PCR sérica é favorável à hipótese de que um estado inflamatório sub-clínico participe desta síndrome
  • Editor: São Paulo
  • Data de criação/publicação: 2006
  • Formato: p. 1066-1074.
  • Idioma: Português
 
Disponível na Biblioteca:
  • FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto (pcd 1585746 )
  • FSP - Faculdade de Saúde Pública (HNT-88/2006 )