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Caracterização morfológica, filogenética e patogênica de isolados de Neocosmospora (complexo Solani de Fusarium) de raízes de soja do cerrado brasileiro

Brait, Victor Hugo Assis Hoff

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 2023-04-04

Acesso online

  • Título:
    Caracterização morfológica, filogenética e patogênica de isolados de Neocosmospora (complexo Solani de Fusarium) de raízes de soja do cerrado brasileiro
  • Autor: Brait, Victor Hugo Assis Hoff
  • Orientador: Júnior, Nelson Sidnei Massola
  • Assuntos: Fusarium Solani; Podridão Radicular; Glycine Max; Neocosmospora; Fungo Fitopatogênico; Cerrado; Fusarium Solani; Phytopathogenic Fungus; Brazilan Tropical Savanna; Root Rot
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A cultura da soja é de grande importância para a economia e segurança alimentar no Brasil. Entretanto, em várias lavouras, há relatos de problemas com podridões radiculares, principalmente as causadas por fungos fusarioides. O diagnóstico é dificultado por dois motivos principais: a sintomatologia é genérica e há constante mudança na classificação dos gêneros. O primeiro problema pode ser facilmente resolvido levando-se o material ao laboratório. Todavia, o segundo exige uma solução mais complexa, uma análise filogenética multilocus. Há atualmente duas escolas divergentes para a classificação de Fusarium. Resumidamente, uma substitui o complexo Solani por um novo gênero (Neocosmospora) e outra o mantém dentro de Fusarium. De toda forma, em ambos os lados há concordância sobre os clados filogenéticos presentes na história evolutiva do gênero e a mudança ocorre apenas na nomenclatura. Há então a possibilidade de usar qualquer um dos dois sistemas de classificação para identificar os clados envolvidos no parasitismo de culturas agrícolas, pois os nomes das espécies são intercambiáveis. Dito isso, poucos trabalhos no Brasil buscaram fazer um levantamento das espécies de Fusarium em raízes de soja de acordo com esse novo sistema filogenético. O objetivo deste é preencher essa lacuna e caracterizar também a patogenicidade e a morfologia dos isolados selecionados. O cerrado brasileiro foi o cenário escolhido para a pesquisa, pois é a área de maior importância para a sojicultura no país. No total, 153 reboleiras de 10 cidades foram amostradas. Foram feitas câmaras úmidas com as raízes e 28 isolados de fungos com conídios típicos de Fusarium foram recuperados destas. Para os trabalhos de caracterização de morfologia, filogenia e patogenicidade, 12 isolados foram selecionados. A caracterização morfológica foi feita em microcultivo com BDA e em placas de Petri com meio cravina-ágar. Foram quantificados o comprimento de 50 macro e microconídios e a porcentagem de septação dos microconídios. Também foi analisada a presença de clamidósporos, o tipo de organização dos conídios nas fiálides e a presença de mono e polifiálides. Para a análise filogenética, foi extraído o DNA dos 12 isolados e algumas regiões foram amplificadas, uma parte da segunda maior subunidade da RNA polimerase II (RPB2) e o fator de alongamento da tradução eucariótica 1 alfa (EF-1). Para o teste de patogenicidade, foram confeccionadas caixas gerbox com areia e água autoclavada e sementes de soja da cultivar TMG7067 IPRO. Após três dias, as sementes foram inoculadas com uma suspensão de esporos e acondicionadas a 25°C com fotoperíodo de 12/12h por quatro dias até a avaliação por pesagem. As características morfológicas dos isolados eram bem similares. Todos apresentavam clamidósporos, monofiálides, ausência de polifiálides e distribuição dos conídios nos conidióforos em falsas cabeças. O isolado LFN0475 apresentou a maior mediana do comprimento de macroconídios e o isolado LFN0471, a menor. Não foi possível amplificar a segunda parte da região RPB2 devido a dificuldades técnicas. Por isso, a análise genética foi conduzida com a primeira parte dessa região e a região EF-1, exceto para os isolados LFN0470 e LFN0471. Para estes foi feita a análise apenas com a região EF-1. Apesar disso, foi possível chegar à espécie para 11 dos 12 isolados. Dez foram identificados como Neocosmospora falciformes e um como Neocosmospora suttoniana. A análise de patogenicidade revelou que todos os isolados eram patogênicos à soja. Foi possível também perceber que alguns isolados eram mais agressivos que outros. Apesar disso, não foi possível estabelecer uma hierarquia de agressividade para todos os isolados. Em suma, foram encontradas espécies patogênicas pertencentes ao novo gênero Neocosmospora (complexo Solani de Fusarium), indicando alta frequência desse grupo em raízes de soja de reboleiras no cerrado brasileiro.
  • DOI: 10.11606/D.11.2023.tde-18072023-102942
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 2023-04-04
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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