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Considerações psicanalíticas a respeito da automutilação

Bernal, Elisa Penna

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2019-04-12

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Considerações psicanalíticas a respeito da automutilação
  • Autor: Bernal, Elisa Penna
  • Orientador: Loffredo, Ana Maria
  • Assuntos: Automutilação; Psicanálise; Redes Sociais; Tumblr; Online Social Network; Psychoanalysis; Self-Mutilation
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O presente trabalho tem como objetivo desenvolver uma leitura psicanalítica a respeito do fenômeno contemporâneo da automutilação. A questão que conduziu nossa pesquisa foi a busca pela compreensão acerca da função que os cortes e ferimentos autoinfligidos assumem no que diz respeito ao âmbito do funcionamento psíquico do sujeito. Nossa hipótese inicial era de que o recurso ao ato, na automutilação, consistiria em uma defesa contra a emergência do excesso pulsional traumático. As considerações teóricas de Freud a respeito das neuroses atuais indicaram a existência de um aspecto essencial relacionado ao excesso pulsional: a insuficiência da conexão psíquica, a qual estaria articulada, por sua vez, ao plano do narcisismo. Com isto, introduzimos a dimensão alteritária a fim de compreendermos o processo de constituição do Eu na obra freudiana e a importância da intersubjetividade na teoria do amadurecimento de D. W. Winnicott. Além disso, o fato de que a automutilação tem como objeto o próprio corpo - e, na maior parte dos casos, a pele - indicou a necessidade de uma discussão a respeito destes elementos a partir do referencial teórico da psicanálise. De modo geral, foi possível observar que o fenômeno da automutilação se articula à clínica das configurações narcísicas, marcadas por uma fragilidade decorrente de determinadas especificidades da relação entre o bebê e o objeto primário. Sendo a obra de André Green essencial para esta teorização, utilizamos suas contribuições a respeito do complexo da mãe morta e do trabalho do negativo. Concluímos, a partir destas considerações, que a automutilação assume uma função defensiva contra o sofrimento psíquico do sujeito e, em um sentido mais radical, contra a própria morte psíquica. Além disso, acreditamos que o recurso ao ato também possui, nestes casos, uma dimensão comunicativa, sendo a forma encontrada pelo sujeito para pedir ajuda a partir da convocação ao olhar do outro. Por fim, buscamos compreender qual seria a potência da psicanálise diante deste fenômeno, tendo em vista a importância do reconhecimento do sofrimento destes sujeitos. A fim de ilustrar os recortes teóricos efetuados, também foi proposta uma articulação com materiais extraídos da rede social Tumblr
  • DOI: 10.11606/D.47.2019.tde-17062019-100931
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2019-04-12
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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