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Análise digital de terreno do centro-leste brasileiro

Carlos Henrique Grohmann 1956- Claudio Riccomini 1956-

2008

Localização: IGC - Instituto de Geociências    (T G874 CH.a anexos )(Acessar)

  • Título:
    Análise digital de terreno do centro-leste brasileiro
  • Autor: Carlos Henrique Grohmann 1956-
  • Claudio Riccomini 1956-
  • Assuntos: GEOPROCESSAMENTO; GEOMORFOMETRIA -- BRASIL; SOFTWARE LIVRE
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A análise digital de terreno, também chamada de modelagem digital de terreno ou geomorfometria, é uma disciplina que faz uso de ferramentas das ciências da Terra, matemática, engenharia e ciência da computação para a quantificação de variáveis e parâmetros relacionados à superfície topográfica. Atualmente, o único produto disponível para o estudo de formas de relevo em escala de semi-detalhe a regional, com cobertura quase global e produzido segundo uma única metodologia, portanto livre dos problemas encontrados em produtos cartográficos (qualidade dos mapa, disponibilidade, escala adequada ao estudo etc), é o modelo de elevação Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Este trabalho visou o estudo do relevo da região centro-leste brasileira por meio da caracterização morfométrica de modelos de elevação e da integração entre dados morfométricos, termocronológicos e geofísicos, bem como a avaliação da validade do uso de superfícies aplainadas em correlações estratigráficas regionais. Perfis morfológicos e mapas de orientação de vertentes evidenciam uma estruturação N-S das grandes formas de relevo do centro-leste brasileiro, além da presença de uma organização NW-SE das formas de relevo menores, principalmente na região sudeste, mas observável por toda a área de estudo. A distribuição espacial dos dados termocronológicos existentes no Brasil é bastante heterogênea, com amostragem concentrada nas regiões sul-sudeste e nordeste. Os dados da região sudeste
    mostram que a ruptura continental não aparece como o evento de resfriamento mais importante, que é marcado pelo grande número de amostras com idades traços de fissão (TF) entre 60 e 80 Ma e que pode ser visto como um evento de soerguimento regional (acompanhado de intensa denudação), dada a variação das elevações das amostras nessa faixa de idade. A tendência de que amostras mais distantes da costa apresentem idade TF mais antigas é sutil. Os dados da região ) nordeste mostram uma tendência mais clara de aumento da idade com a distância da costa e um conjunto de amostras com idades ao redor de 100 Ma pode ser relacionado ao evento de ruptura continental. De maneira geral, a análise morfométrica não permitiu a identificação de extensas superfícies de aplainamento na área de estudo. As áreas essencialmente planas (com topografia muito suave) estão relacionadas a planícies aluviais (rios São Francisco, Araguaia, Tocantins), a bacias sedimentares cretáceas (Chapadão Ocidental da Bahia, Chapada do Araripe, Bacia Bauru) e a bacias paleozóicas com cobertura cretácea (Bacia dos Parecis), onde configuram superfícies estruturais, concordantes com a disposição sub-horizontal das camadas. Nas regiões de escudo pode-se identificar algumas áreas de relevo suave, porém de extensão restrita. A grande extensão das superfícies estruturais associadas às bacias sedimentares cretáceas parece ter levado vários autores à falsa impressão de continuidade pretérita dessas superfícies, hoje
    isoladas. Este fato, somado às inferências de "superfícies cimeiras" com base no aparente nivelamento de topos de morros em terrenos cristalinos, também levou diversos autores a proporem a extensão de superfícies de aplainamento até a região próxima da costa Atlântica. A integração entre dados morfométricos, termocronológicos e geofísicos não suporta a validade do uso de superfícies aplainadas em correlações estratigráficas de âmbito regional. Entretanto, admite-se a aplicabilidade, em escala local, da correlação entre níveis morfológicos distintos. As técnicas morfométricas empregadas neste estudo se mostram válidas não apenas para o estudo da superfície topográfica, mas também de superfícies soterradas e de sua paleogeografia. A disponibilidade de modelos de elevação gerados por sensoriamento remoto permite o emprego da análise digital de terreno em escalas local a global, com amplo leque ) de aplicações, não apenas no estudo das formas de relevo terrestres, mas também de outros corpos planetários
  • Data de criação/publicação: 2008
  • Formato: 227 p. anexos.
  • Idioma: Português

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