Alfabestização: perspectivas da articulação sujeito e escrita
ABCD PBi
Alfabestização: perspectivas da articulação sujeito e escrita
Autor:
Fragelli, Ilana Katz Zagury
Orientador:
Voltolini, Rinaldo
Assuntos:
Alfabetização/Alfabestização
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Sujeito
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Sintoma
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Psicanálise
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Letra
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Gozo
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Escrita
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Jouissance
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Letter
;
Psychoanalysis
;
Subject
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Elementary Education/Salfabêtissant
;
Symptom
;
Writing
Notas:
Tese (Doutorado)
Descrição:
Os acontecimentos que perturbam a relação da criança com a escrita não estão exclusivamente circunscritos pelos processos linguísticos, cognitivos e pedagógicos implicados na aquisição. Esta pesquisa pretendeu problematizar as concepções pretensamente científicas que enquadram os problemas na escrita das crianças como manifestações de dislexia. A clínica psicanalítica dá o testemunho de que há uma articulação entre este fenômeno e o sujeito que se institui na escrita. Este trabalho fez um caminho pela psicanálise de orientação lacaniana, através de sua teoria e de sua clínica, para discutir qual é o estatuto deste fenômeno que se dá a ver na escrita da criança. A idéia de sujeito que permite esta leitura não é a de sujeito epistêmico, aquele que conhece. Será aquela formulada pela psicanálise: o sujeito é entendido como resposta do real, não é mais produto exclusivo do funcionamento simbólico, é assim que o sujeito efeito (e não causa) do jogo significante, e situado fora da cadeia que sustenta o funcionamento simbólico- foi considerado nessa pesquisa. Estudou-se ainda as construções conceituais de sintoma e escrita na psicanálise. Este caminho apresentou a articulação do gozo na produção de escrita e foi preciso explicar as relações entre significante e letra, noções em psicanálise que não se confundem com a letra alfabética, o caractere, nem com o escrever referido a produção de texto, mas que exatamente por não se confundirem, são importantes para que se decida um modo de abordagem da escrita que inclua o sujeito como elemento da discussão. Se o desligamento do significante mostra o gozo na escrita, os fenômenos clínicos ali presentes são tecidos também como dinâmica gozosa, e portanto, em relação à economia de gozo do falasser. Para abordar a escrita da criança em tempos de aquisição é preciso ter clara a idéia de que esta não é representação da fala, mas que, entre elas, a articulação é moebiana. Há gozo na escrita, o que o gozo aí engendra e também o que o engendra aí a clínica vai responder. Será preciso dar tratamento ao que resta. É nesse sentido que os impasses aos quais um sujeito se submete e que perturbam sua escrita são matéria para o psicanalista.
DOI:
10.11606/T.48.2011.tde-06072011-103330
Editor:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação
Data de criação/publicação:
2011-05-13
Formato:
Adobe PDF
Idioma:
Português
Disponível na Biblioteca:
FE - Faculdade de Educação (37.046 F811a )