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Produção e percepção na desambiguação de sentenças sintaticamente ambíguas do português brasileiro através da pista prosódica de duração

Angelo, Melanie Campilongo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2016-07-29

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Produção e percepção na desambiguação de sentenças sintaticamente ambíguas do português brasileiro através da pista prosódica de duração
  • Autor: Angelo, Melanie Campilongo
  • Orientador: Santos, Raquel Santana
  • Assuntos: Alongamento; Small Clauses; Fronteira Prosódica; Aposição Não Local; Aposição Local; High Attachment; Low Attachment; Prosodic Boundary; Lengthening
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: Esta dissertação visa analisar o uso no português brasileiro, doravante PB, da pista prosódica de duração de sílabas na produção e percepção de sentenças ambíguas do tipo SN1-V-SN2-Atributo, tais como A mãe encontrou a filha suada. Tais sentenças apresentam contextos em que pode haver reestruturação de frases fonológicas a depender da interpretação escolhida. Um dos trabalhos que guiaram esta pesquisa foi o de MAGALHÃES & MAIA (2006), no qual os autores também observaram sentenças com ambiguidade devido à presença de um atributo que pode se referir ao sujeito ou ao objeto da oração. Fonologicamente, tais leituras podem ser explicadas pelo fato de o atributo poder ou não se juntar a seu núcleo na construção do domínio da frase fonológica, em que, se há fronteira, um alongamento é esperado (NESPOR & VOGEL, 1996). ANGELO & SANTOS (2012, 2015) concluíram que os falantes não realizaram alongamento significativo, porém, observaram uma tendência a produzir sentenças de aposição não local mais longas. O que se propõe, então, é que o alongamento é um fenômeno existente na língua, mas é opcional. Se isto é verdade, sempre que ele for feito, a sentença deve ser interpretada como não local. Caso contrário, haveria uma variação nas respostas perceptuais ou preferência por aposição local (Princípio da Aposição Local verificado por MAGALHÃES & MAIA (2006) no PB com base no Princípio de Late Closure apontado por FRAZIER (1979)). Dois testes foram realizados: No de produção, além dos 30 falantes de Angelo & Santos, mais 20 foram escolhidos e outros 10 recuperados para que lessem ambas as versões de cada uma das 9 sentenças em meio a histórias que guiavam a um ou outro significado, totalizando 720 dados. No de percepção, foram selecionadas as 3 versões mais longas (de aposição não local) e as 3 mais curtas (de aposição local) do teste de produção para cada sentença, em um teste onde 30 ouvintes selecionaram através de imagens qual a interpretação obtida, totalizando 1620 dados. Primeiramente, os resultados apontaram para diferenças significativas observando o tipo de estrutura (os falantes alongaram e acertaram as não locais). Por tipo de sentença, a diferença foi significativa na maioria delas, confirmando a predição de que, ainda que o alongamento seja opcional na produção, uma vez realizado, ele serve como condutor para uma interpretação não local. Para as sentenças locais, o Princípio de Aposição Local verificado no PB por MAGALHÃES & MAIA (2006) também foi observado em nosso experimento. Por fim, os resultados apontam para 2 tipos de estruturas que podem interferir no processo de alongamento: Sentenças em que o atributo é formado por adjetivos deverbais (geração de uma fronteira CP) e sentenças que permitem construções de small clause (bloqueio da reestruturação).
  • DOI: 10.11606/D.8.2016.tde-22112016-131614
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2016-07-29
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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