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Amortizações

Rodrigo De Losso da Silveira Bueno

2012

Localização: FEA - Fac. Econ. Adm. Contab. e Atuária    (T330 B928a )(Acessar)

  • Título:
    Amortizações
  • Autor: Rodrigo De Losso da Silveira Bueno
  • Assuntos: ECONOMIA (TEORIA); AMORTIZAÇÃO; MATEMÁTICA FINANCEIRA
  • Notas: Tese (Livre Docência)
  • Descrição: Esta tese aborda três assuntos relacionados entre si e distribuídos em três capítulos separados. Usando um argumento de arbitragem, o capítulo 2 mostra que a interpretação sobre o que é juros e o que é amortização no sistema Francês representa uma falácia decorrente da hipótese de repactuação periódica do saldo devedor sempre à mesma taxa. Essa hipótese é, discutivelmente, irreal. Propõe-se um sistema de amortização alternativo, fundamentado em princípios econômicos consagrados e que replicam exatamente o fluxo de pagamentos, mas mudam a interpretação sobre o que é juros e amortização em cada parcela paga. Via simulações, mostra-se que essa metodologia pode ter efeitos práticos substanciais, a depender do regime tributário. Supondo o caso extremo em que o imposto é devido a partir do momento em que a parcela é paga, a economia em termos de impostos para o emprestador pode ser superior a 37% em relação ao que é pago atualmente, sendo a taxa de juro de 12,5% a.a. e prazo de empréstimo de 30 anos. Por outro lado, caso o emprestador queira passar parte de seus ganhos ao tomador, a taxa de juros poderá cair cerca de 20% para empréstimos de 30 anos. O capítulo 3 argumenta que os sistemas de amortização propostos no Brasil não são ótimos do ponto de vista do credor nas dimensões risco-retorno. Por essa razão sugere uma forma de montar sistemas de amortização baseados no princípio de que os juros em "t" são o produto do saldo devedor anterior multiplicado pela taxa de juros do contrato. Com isso, é possível montar qualquer configuração de amortizações, inclusive uma em que elas são aleatórias. Propõe-se, então, um modelo de otimização em que se maximiza a razão retorno-risco combinando-se pagamentos e lucros do credor, incluindo uma probabilidade de inadimplência por parte do devedor. Por esse modelo, mostra-se a configuração de vários esquemas de amotização, a depender da taxa de juros, custo
    de oportunidade do credor, taxa de inadimplência e peso atribuído a lucros e receitas brutas. Para baixas taxas de inadimplência, a configuração de pagamentos deve ser crescente ao longo do tempo. Para taxas de inadimplência altas, a configuração de pagamentos deve ser decrescente como no sistema de amortização constante - SAC. Taxas médias de inadimplências combinadas com pesos bem distribuídos entre receitas brutas e lucros resulta em configurações de pagamentos variadas, algumas imitando razoavelmente o SAC. O capítulo 4 discute mais propriamente a questão da cobrança de juros sobre juros, também conhecida como anatocismo. Prova-se que qualquer sistema de amortização obtido pelo sistema de geral de amortização implica em anatocismo, a exemplo do SAC e do sistema Francês. Mostra que o anatocismo é inevitável usando um argumento de arbitragem. Em seguida, simula-se um modelo simples de intermediação financeira em que uma instituição capta recursos a juros compostos e os empresta a juros simples. Mostra-se que a instituição que não praticar o anatocismo vai rapidamente à falência, a depender do spread de juros e custo oportunidade. Finalmente, argumenta-se que a incerteza jurídica dos tribunais, por decidirem diferentemente com respeito a essa questão, gera um aumento de taxa de juros que reduz o bem estar da população
  • Data de criação/publicação: 2012
  • Formato: 93 p.
  • Idioma: Português

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