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Caracterização do perfil das gestantes e seus recém-nascidos com defeitos congênitos da parede abdominal: gastrosquise ou onfalocele

Ferreira, Mágila De Matos Martins

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2020-02-21

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Caracterização do perfil das gestantes e seus recém-nascidos com defeitos congênitos da parede abdominal: gastrosquise ou onfalocele
  • Autor: Ferreira, Mágila De Matos Martins
  • Orientador: Ceccon, Maria Esther Jurfest Rivero
  • Assuntos: Recém-Nascido Prematuro; Recém-Nascido; Onfalocele; Infecção; Gastrosquise; Cuidados; Infant Newborn; Infant Premature; Infection; Omphalocele; Gastroschisis; Care
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução: A gastrosquise e a onfalocele, malformações que compreendem defeitos congênitos da parede abdominal, ocorrem em aproximadamente 1 a cada 5000 nascidos vivos, sendo relevante o fato de que as malformações ocupam segundo lugar entre as causas de óbito no período neonatal. Atualmente observa-se um aumento dos casos de gastrosquise em muitos países, entre eles o Brasil, e estabilidade da onfalocele.Objetivos: Verificar a prevalência das duas malformações: gastrosquise e onfalocele; Descrever situações sociodemográficas maternas e neonatais 3; Descrever as morbidades e a mortalidade destes pacientes durante o período de internação e Observar se o protocolo de atendimento sistematizado utilizado pela equipe de enfermagem é realizado em todos os pacientes. Método: Foi realizado estudo retrospectivo descritivo em recém-nascidos (RNs) hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Instituto da Criança do HCFMUSP no período de 2014 a 2016. Os dados registrados nos prontuários foram coletados em um formulário elaborado pela pesquisadora. Resultados: Durante o período da pesquisa, ocorreram 393 internações na UTIN e destas, 48 (12,2%) foram de pacientes portadores de gastrosquise e 10 (2,5%) de onfalocele. Na gastrosquise, 44% das mães eram adolescentes, 65% primigestas, 20% fizeram uso de tabaco durante toda a gestação e negaram outros vícios. Em relação à escolaridade, 70% tinham o ensino médio completo e quase todas (98%) realizaram pré-natal. Quanto aos recém-nascidos, 45,8% foram termo e 54,2% pré-termo; 62,5% eram AIG e 37,5% PIG. Todos foram submetidos à correção cirúrgica e à assistência sistematizada de enfermagem. A principal morbidade foi a sepse, em 58% dos pacientes, provavelmente devida a vários fatores, como uso de antibióticos de amplo espectro, jejum, nutrição parenteral e internação prolongada. As principais bactérias isoladas foram: estafilococos aureus, coagulase negativo e oxacilina resistente, sendo a Vancomicina o antibiótico de escolha para o tratamento. Em relação à onfalocele, 90% apresentavam malformações associadas. Das mães, 30% eram adolescentes, 50% primigestas, nenhuma usava drogas lícitas ou ilícitas. Em relação à escolaridade, 42,8% delas concluíram o ensino médio e 100% fez pré-natal. Em relação à morbidade, os pacientes apresentaram 60% de infecção da ferida operatória sendo isoladas as bactérias stenorofomonar maltophilia, staphylococcus resistente a oxacilina e vancomicina, klebsiella oxytoca e staphylococcus epidermides. Todos receberam assistência sistematizada de enfermagem e nenhum dos recém-nascidos com onfalocele evoluiu para óbito até a alta. Todas as mães vivem em área urbana, negaram contato com radiação, negaram trabalhar com inseticidas herbicidas e/ou outras substâncias tóxicas. Conclusões: Estes resultados evidenciaram uma prevalência de gastrosquise nos RNs, e revelou um perfil de mães jovens, maioria primigesta e com realização de praticamente 100% de acompanhamento pré-natal, responsável por um cuidado adequado da gestante e do feto. Conhecer as morbidades e a taxa de mortalidade nos faz agir diretamente no centro das intercorrências e verificar que a enfermagem realiza sua função de maneira muito desejável, o que pode ser copiado por outros hospitais de menos recursos
  • DOI: 10.11606/D.5.2020.tde-10092021-160716
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2020-02-21
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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