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Investigação laboratorial dos efeitos antioxidantes do plasma processado autólogo nas principais enfermidades articulares de equinos após tratamento artroscópico

Brossi, Patricia Monaco

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia 2014-04-29

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Investigação laboratorial dos efeitos antioxidantes do plasma processado autólogo nas principais enfermidades articulares de equinos após tratamento artroscópico
  • Autor: Brossi, Patricia Monaco
  • Orientador: Baccarin, Raquel Yvonne Arantes
  • Assuntos: Hemoderivado; Plasma Processado Autólogo; Equino; Estresse Oxidativo; Líquido Sinovial; Oxidative Stress; Autologous Processed Plasma; Haemoderivate; Equine; Synovial Fluid
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Dada sua natureza cursorial, a espécie equina depende da livre movimentação para o desempenho de atividades diárias e para sobrevivência. Esta habilidade natural para o movimento é explorada em alto grau durante a prática esportiva, razão da existência de grande parte dos criatórios e centros de treinamento. Enfermidades articulares, como a osteoartrite e a osteocondrose, que reduzam ou causem prejuízo permanente à mobilidade e ao desempenho atlético são um desafio terapêutico. Os hemoderivados autólogos surgiram como opções acessíveis e seguras para o tratamento destas afecções articulares e apesar de amplamente difundido, seu emprego acontece a despeito de lacunas no conhecimento dos métodos ideais de preparação e administração, bem como dos mecanismos de ação destes produtos derivados do sangue. As propriedades antioxidantes do plasma processado autólogo demonstradas in vitro, em estudo utilizando células de líquido sinovial equino previamente estimuladas, motivaram a realização deste estudo com o objetivo de verificar os efeitos deste hemoderivado, in vivo, em articulações de equinos com osteoartrite ou osteocondrose. Tais propriedades despertaram também o interesse em verificar a ocorrência de eventos relacionados ao estresse oxidativo nestas enfermidades, o que justificaria seu emprego na clínica ortopédica. Para tal fim, líquido sinovial foi obtido antes da abordagem cirúrgica de articulações acometidas pela osteoartrite ou osteocondrose, para análise do perfil oxidante/antioxidante, físico, celular, molecular e inflamatório. Após o término da artroscopia, um grupo de animais recebeu injeção intra-articular do plasma processado autólogo e outro grupo não recebeu nenhuma medicação intra-articular, servindo como controle. Quarenta e oito horas após a cirurgia, nova amostra de líquido sinovial foi coletada, e as mesmas análises foram realizadas. As análises físicas e a contagem de células totais foram realizadas imediatamente após as coletas. O sobrenadante resultante da centrifugação do líquido sinovial foi congelado a -80º C para análises posteriores. Elas consistiram nas dosagens da catalase, superóxido dismutase, glutationa peroxidase, capacidade antioxidante total, vitamina E, proteína carbonil, condroitim sulfato, ácido hialurônico, prostaglandina E2, proteína total e ureia. Em relação à caracterização das enfermidades, as articulações acometidas por osteoartrite apresentaram maiores concentrações de catalase e de vitamina E, refletindo maior ativação dos sistemas de defesa antioxidante enzimáticos e não enzimáticos nesta enfermidade. A osteoartrite apresentou, ainda, natureza mais inflamatória, quando comparada à osteocondrose, com concentrações mais elevadas de prostaglandina E2 e proteína total, além de maiores contagens de células totais no líquido sinovial das articulações afetadas. No entanto, a osteocondrose apresentou caráter mais destrutivo em relação aos componentes da matriz extracelular e do líquido sinovial, com concentrações superiores de condroitim sulfato e ácido hialurônico, respectivamente, no líquido sinovial destas articulações. Os resultados demonstraram a ocorrência de estresse oxidativo no período pós-operatório através da ativação das defesas antioxidantes enzimáticas, com aumento da concentração de catalase. O tratamento com o plasma processado autólogo levou a aumento das concentrações de vitamina E no líquido sinovial, incrementando o sistema de defesa antioxidante não enzimático. Não foram observados efeitos do tratamento sobre o metabolismo da cartilagem articular ou biomarcadores inflamatórios. Pode-se inferir que o plasma processado autólogo apresenta potencial terapêutico no combate ao estresse oxidativo.
  • DOI: 10.11606/T.10.2014.tde-17092014-111507
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Data de criação/publicação: 2014-04-29
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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