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Osteotomia desvalgizante do fêmur distal técnica e resultados

Ricardo Antonio Tavares Maurício Kfuri Júnior

2015

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Tavares, Ricardo Antonio )(Acessar)

  • Título:
    Osteotomia desvalgizante do fêmur distal técnica e resultados
  • Autor: Ricardo Antonio Tavares
  • Maurício Kfuri Júnior
  • Assuntos: OSTEOTOMIA; FÊMUR; JOELHO; ARTICULAÇÃO DO JOELHO; DOR; CIRURGIA (TÉCNICAS)
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O joelho valgo sintomático tem como característica a sobrecarga mecânica do compartimento lateral da articulação. A osteotomia desvalgizante do terço distal do fêmur tem como objetivo a transferência do eixo de carga do compartimento lateral para o compartimento medial da articulação, promovendo alívio dos sintomas dolorosos e, portanto, a melhora da função articular. Várias técnicas foram descritas para a osteotomia desvalgizante do terço distal do fêmur. A osteotomia desvalgizante com cunha de abertura lateral é considerada uma técnica simples, baseada em um único corte ósseo, que permite a correção dinâmica do eixo, durante o ato operatório, mediante controle fluoroscópico. O problema dessa técnica é o risco de fratura da cortical oposta e a necessidade da utilização de implantes que ofereçam suficiente estabilidade para que a correção, obtida no ato operatório, não seja perdida secundariamente. Na última década, uma nova geração de placas foi desenvolvida com o intuito de adaptar-se ao terço distal do fêmur e oferecer estabilidade angular entre os seus orifícios e parafusos de cabeça rosqueada. Em teoria, esses implantes apresentariam inúmeras vantagens biomecânicas e clínicas. Devido a escassez de recursos para o custeio de implantes de última geração, uma técnica de fixação foi desenvolvida, tomando como base o uso de placas anguladas de 95o. A técnica envolve um planejamento pré-operatório meticuloso do ângulo de correção, o qual será alcançado pelo ângulo de inclinação entre a lâmina da placa e a linha de orientação articular do joelho. Foram analisados os resultados clínicos preliminares dessa técnica, com o objetivo de saber se o seu uso permitiria reproduzir, no ato operatório, o planejamento realizado no pré-operatório e, além disso, quais as dificuldades e complicações mais frequentemente encontradas, até o momento da
    consolidação. Dezesseis pacientes, totalizando dezoito osteotomias, foram submetidos à osteotomia desvalgizante do fêmur utiliando esta técnica, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2009. A idade média dos pacientes foi de 39 anos e a cunha média de correção calculada no pré-operatório de 12,7º. As cunhas, efetivamente realizadas, obtiveram valor médio de 13,8º e todos os casos evoluiram para consolidação, com tempo médio de 17 semanas, sem necessidade de enxerto ósseo ou de uma segunda intervenção cirúrgica. Não houve casos de perda secundária do alinhamento obtido na cirurgia e três pacientes apresentaram quadro de desconforto persistente leve na face lateral do joelho, resultado do atrito entre a banda iliotibial e a placa. A satisfação geral dos pacientes foi graduada como boa e todos retornaram às práticas da vida cotidiana. Os resultados preliminares apontam que a técnica desenvolvida é reprodutível e segura. Entretanto, estudos com períodos de seguimento mais longos e levando em consideração o estado funcional pré e pós-operatório e o tempo de sobrevida da osteotomia devem agregar evidência mais sólida a respeito dessa técnica
  • Data de criação/publicação: 2015
  • Formato: 64 p anexos.
  • Idioma: Português

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