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Esteróides gonadais e metabolismo lipídico ao longo do ciclo reprodutivo de Arapaima gigas (SCHINZ, 1822) em ambiente natural

Amaral, Juliane Suzuki

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências 2009-09-10

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Esteróides gonadais e metabolismo lipídico ao longo do ciclo reprodutivo de Arapaima gigas (SCHINZ, 1822) em ambiente natural
  • Autor: Amaral, Juliane Suzuki
  • Orientador: Moreira, Renata Guimarães
  • Assuntos: Arapaima Gigas; Controle Endócrino Reprodutivo; Esteróides Gonadais; Metabolismo Lipídico Reprodutivo; Fatty Acids; Fish; Gonad Steroids; Lipid Metabolism; Reproduction
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O presente trabalho teve como objetivo avaliar possíveis alterações fisiológicas associadas à reprodução em machos e fêmeas de Arapaima gigas (pirarucu) em seu ambiente natural. O pirarucu (Arapaima gigas) é uma espécie de respiração aérea que pertence ao mais primitivo grupo dos teleósteos, que habita as águas do rio Amazonas. Os objetivos principais foram caracterizar o perfil plasmático dos esteróides gonadais plasmáticos (17β-Estradiol, Testosterona, 11ceto-Testosterona (11ceto-T) e 17α -hidroxiprogesterona (17α -OHP)); concentrações de lipídios e proteínas teciduais (gônadas, fígado, músculo branco, vermelho e ventrecha), e o perfil de ácidos graxos ao longo do ciclo reprodutivo de machos e fêmeas coletados em seu ambiente natural localizado na Ilha Mexiana no estado do Pará/Brasil. As coletas foram realizadas em Setembro/2007; Janeiro/2008; Julho/2008 e Setembro/2008 e foram determinados quatro estádios de maturação gonadal para as fêmeas: Repouso, Maturação, Maduro e Regressão. No presente estudo foram observados ainda animais imaturos. Os machos foram classificados em relação à quantidade de espermatozóides presente nos túbulos seminíferos, sendo que os animais que apresentavam poucos espermatozóides no lúmen são referidos como grupo 1 e os animais que apresentavam muitos espermatozóides no lúmen como grupo 2. As análises histológicas realizadas nas gônadas permitem concluir que o pirarucu possui ovário do tipo gymno-ovariano com desenvolvimento oocitário assincrônico e a estrutura testicular de A. gigas é do tipo não cística. As análises metabólicas em fêmeas mostraram que a ventrecha é o tecido de maior concentração de lipídios, seguido do músculo vermelho e branco, evidenciando que, dentre os diferentes tipos musculares, a ventrecha é a região preferencial de armazenamento de lipídios. As concentrações lipídicas teciduais , demonstraram um aumento no acúmulo gonadal e hepático à medida que o ciclo reprodutivo avança, alcançando a concentração máxima na fase madura. Já as proteínas hepáticas e gonadais não apresentaram diferença significativa entre os estádios reprodutivos. Nos machos, os lipídios e as proteínas não apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos em nenhum tecido analisado. Os PUFAs (ácidos graxos polinsaturados) n3 na fração polar ovariana foram maiores na fase madura em relação às demais fases reprodutivas, inclusive no animal imaturo, sendo que essa alta porcentagem reflete na importância desses ácidos graxos no ovo, que serão utilizados para o futuro desenvolvimento da larva. De uma forma geral, foi observada uma característica de maior porcentagem de PUFAs n6 (fração polar) e PUFAs n3 (fração neutra) do tecido hepático em animais imaturos quando comparados às fêmeas adultas. Nos machos, os ácidos graxos monoinsaturados foram maiores no grupo 2 no músculo branco e ventrecha, devido à necessidade de um maior aporte energético na musculatura para o comportamento reprodutivo. Os resultados das análises plasmáticas dos esteróides gonadais mostraram que o perfil de 17β-Estradiol em fêmeas apresentou-se alto nas fases iniciais do ciclo reprodutivo, decaindo na fase madura e regressão, provavelmente devido ao feedback negativo. Os animais imaturos apresentaram as maiores concentrações plasmáticas de 17β-Estradiol e 17α-OHP em relação aos adultos, já que esses hormônios estimulam o desenvolvimento de características secundárias, desenvolvimento neural, crescimento e maturação sexual nos animais imaturos, em machos e fêmeas. Foram observadas altas concentrações de 17α -OHP nos machos em ambos os grupos sugerindo a disponibilidade desse hormônio para a conversão de 17α,20β-DHP, que atua na motilidade dos espermatozóides, já que ambos os grupos apresentam espermatozóides no lúmen. As concentrações de testosterona excedem à de 11ceto-T em machos, sugerindo que essa espécie esteja utilizando outros andrógenos e não somente a 11ceto-T para a reprodução. O acompanhamento destes animais no ambiente natural evidencia que não é possível utilizar características secundárias como coloração da escama como indicativo do sexo, porém a sexagem é possível de se realizar utilizando a razão entre os hormônios plasmáticos 11ceto-T e 17β-Estradiol.
  • DOI: 10.11606/D.41.2009.tde-12112009-140701
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Data de criação/publicação: 2009-09-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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