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Capital, produtividade e crescimento da agricultura: o Brasil de 1970 a 1995

Barros, Alexandre Lahóz Mendonça De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 1999-04-08

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Capital, produtividade e crescimento da agricultura: o Brasil de 1970 a 1995
  • Autor: Barros, Alexandre Lahóz Mendonça De
  • Orientador: Barros, Geraldo Sant'Ana de Camargo
  • Assuntos: Capital; Desenvolvimento Agrícola; Produção Agrícola
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O presente trabalho se preocupa com o processo de acumulação de capital, de evolução da produtividade total dos fatores e de crescimento da agricultura brasileira entre 1970 e 1995. O estudo parte da construção do estoque de tratores de rodas sob três formas alternativas, quais sejam: i) em número total de tratores; ii) em potência (cavalos-vapor); e iii) em valor total. O estoque de tratores foi usado como aproximação do estoque total de capital na agricultura. A série de valor do estoque foi constituída a partir dos preços de tratores de segunda-mão. Com base nesses preços determinou-se que a taxa de depreciação foi de 6% ao ano no período analisado. Uma vez estabelecido o estoque de capital calcularam-se os ganhos de produtividade total dos fatores (PTF). Foram utilizadas três formas alternativas de medida da PTF: i) método da função de produção; ii) método da contabilidade (seguindo Solow, 1957); iii) método não-paramétrico (índice de Tornquist-Theil). No primeiro caso estimou-se uma função de produção do tipo Cobb-Douglas que serviu tanto para testar a hipótese de retornos constantes à escala, quanto para determinar a participação dos fatores no produto. De posse dos parâmetros da função e produção, avaliou-se os impactos das diferentes formas de medida do capital na PTF. Os resultados indicam que houve, de fato, um forte processo de acumulação de capital entre 1970 e 1995. O estoque de tratores aumentou 4 vezes em valor, 5 vezes em número e 6 vezes em potência no período de 1970 a 1995. Entretanto, a partir de 1990 o valor da frota começa a declinar, sinalizando um processo de envelhecimento do estoque de máquinas agrícolas. Entre 1973 e 1995 houve redução do número de hectares por trator (passando de 165 ha/trator para 64 ha/trator), uma diminuição de 4 vezes no número de pessoas ocupadas por trator ( de 64 pessoas/trator em 1973 para 18 em 1995) e um aumento na potência média da frota ( de 70 cv por trator no início do período para 81 cv no final). Esses números expressam a verdadeira dimensão do processo de capitalização da agricultura brasileira. As estimativas desta pesquisa dão conta de um aumento do produto de 3,26% ao ano entre 1975 e 1995. A produtividade da terra elevou-se em 2,47% ao ano e a do trabalho em 3,26% ao ano. Constatou-se, ainda, que a produtividade total dos fatores cresceu à taxa de 1,6% ao no quando se usa o estoque de capital medido em valor e 1% ao ano quando o estoque é medido em potência. Por fim, estimou-se que 1/3 do crescimento do produto foi explicado pela elevação da produtividade total dos fatores, cabendo ao aumento dos insumos (capital, terra e mão-de-obra) os outros 2/3. Esses resultados encontram-se em concordância com aqueles obtidos em diversos estudos realizados em diferentes países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
  • DOI: 10.11606/T.11.2019.tde-20191220-115227
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 1999-04-08
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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