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Análise histopatológica das lesões placentárias associadas às infecções por Plasmodium vivax

Vanessa Ippolito Rodrigo Medeiros de Souza; Claudio Romero Farias Marinho; científica da USP (SIICUSP) (19. 2011 Ribeirão Preto)

São Paulo Universidade de São Paulo 2011

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  • Título:
    Análise histopatológica das lesões placentárias associadas às infecções por Plasmodium vivax
  • Autor: Vanessa Ippolito
  • Rodrigo Medeiros de Souza; Claudio Romero Farias Marinho; científica da USP (SIICUSP) (19. 2011 Ribeirão Preto)
  • Assuntos: PARASITOLOGIA
  • Descrição: As mulheres grávidas são particularmente vulneráveis à malária. Isso ocorre porque a gravidez altera o estado de imunidade, tornando a mulher mais suscetível à infecção malárica, além de aumentar o risco de formas complicadas da doença, como anemia grave e óbito materno. Os efeitos diretos (transporte de nutrientes e oxigênio) e indiretos (inflamação) do sequestro de eritrócitos na placenta têm sido descritos como as principais causas de retardo no crescimento intrauterino, no nascimento prematuro e na anemia fetal. O objetivo deste estudo é analisar de forma qualitativa e quantitativa a intensidade das lesões placentárias em gestante infectadas por Plasmodium vivax, provenientes de uma área hiperendêmica para malária. Foram coletadas 136 placentas de gestantes a termo, sem outras complicações, infectadas durante a gravidez por P. vivax (n = 63) ou P. falciparum (n = 21), e também de não infectadas (n = 49), que realizaram partos durante o ano de 2009, na maternidade do município de Cruzeiro do Sul, Acre. Cortes histológicos com 5 μm de espessura foram montados em lâminas para microscopia de luz e corados pela técnica da hematoxilina-eosina (H&E). O estudo histopatológico foi realizado através da análise da incidência de nós sinciciais (NS), ruptura do sinciciotrofoblasto (RS) e necrose fibrinóide (NF) pela contagem do número de vilos afetados por 100 vilosidades, utilizando-se objetiva de 40x, bem como do perfil do infiltrado leucocitário (IL), analisando a presença de células mononucleares e polimorfonucleares, através da contagem absoluta em 10 campos, com objetiva de 100x.
    Nossas análises mostram um aumento no número de NS, RS e NF no grupo infectado em comparação com os grupos não-infectados (NS: 14,0 ± 0,8 e 10,7 ± 0,7; RS: 7,0 ± 0,5 e 6,2 ± 0,4; NF: 7,9 ± 0,4 e 6,9 ± 0,4, respectivamente), Estes valores, no entanto, foram inferiores aos observados no grupo de infectados por P. falciparum (NS: 20,7 ± 2,1; RS: 10,2 ± 1,2 e FN: 9,2 ± 0,8). Observou-se também uma maior leucocitose nas gestantes que tiveram malária do que nas não infectadas (Pf: 36,1 ± 6,6; Pv: 30,8 ± 1,4 e Ctrl: 23,7 ± 0,7). Estes resultados sugerem uma associação entre a infecção por P. vivax e as alterações nos vilos placentários, embora em menor intensidade do que em gestantes que foram infectadas por P. falciparum. Apesar de poucos trabalhos descreverem a presença de P. vivax na placenta e suas possíveis consequências para a gestação até o momento, pode-se concluir que as infecções por P. vivax durante a gestação podem induzir alterações similares às alterações causadas por P. falciparum, porém com uma menor intensidade.
  • Editor: São Paulo Universidade de São Paulo
  • Data de criação/publicação: 2011
  • Formato: on-line.
  • Idioma: Português

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