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Evidências para um modelo de língua baseado no uso: o infinitivo flexionado em português brasileiro

Canever, Fernanda

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2012-03-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Evidências para um modelo de língua baseado no uso: o infinitivo flexionado em português brasileiro
  • Autor: Canever, Fernanda
  • Orientador: Viotti, Evani de Carvalho
  • Assuntos: Modelos De Língua Baseados No Uso; Variação Linguística; Infinitivo Flexionado; Linguística Cognitiva De Corpus; Português Brasileiro; Usage-Based Models; Brazilian Portuguese; In Ected Innitive; Corpus Cognitive Linguistics; Variation
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A luz de modelos de língua baseados no uso (Langacker, 2000), que assumem que os princípios fundamentais da estrutura linguística são derivados da experiência com a língua, o objetivo deste estudo é contribuir para a investigação de como se dá o contínuo processo de atualização do nosso conhecimento linguístico, em especial explorando a questão de como algumas inovações são incorporadas na língua. Para responder a essa questão, ainda em aberto na literatura baseada no uso, o fenômeno linguístico investigado foi o infinitivo flexionado, cujo uso gramáticos modernos consideram intrigante. A partir de um recorte de construções com o infinitivo que apresentam variação entre as formas flexionada e não-flexionada, foi feita uma quantificaçãoo da variação no emprego da flexão do infinitivo em um corpus sincrônico de língua escrita culta. Para o levantamento dos dados, foi compilado um corpus de 11.000.000 palavras formado por 180 teses e dissertações de alunos do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP, que recebeu o nome de Corpus LLIC-PósLetrasUsp. Como se trata de um grande volume de dados, a extração dos dados feita de modo automático com o software livre R, apontado atualmente como o mais completo concordanceador disponível (Gries, 2009). Os resultados encontrados no estudo de corpus apontam para diferentes tendências de emprego da flexão a depender dos contextos sintáticos em que ocorrem. Apesar de ter sido verificada uma tendência à não-flexão em algumas construções, tais como as perífrases modais e aspectuais, nas orações finais, causais e temporais, por exemplo, a preferência pela forma flexionada do infinitivo é clara. Uma vez que modelos baseados no uso propõem que há uma correlação entre a frequência de ocorrência de estruturas e seu grau de arraigamento cognitivo, a alta frequência de ocorrência de formas flexionadas do infinitivo em variados contextos sintáticos, inclusive em contextos em que o sujeito do infinitivo está claro, demonstra que a flexão do infinitivo está se tornando cada vez mais arraigada na gramática dos falantes. Assim, esta pesquisa vem ressaltar a importância dos estudos de frequência para o mapeamento dos fatos linguísticos e para a descrição gramatical das línguas naturais. Neste estudo, também é feito um esboço de um modelo de língua baseado no uso mais dinâmico e mais social, que incorpora as propostas dos estudos da terceira onda\" (third wave) de investigação sociolinguística e que representa uma tentativa inicial de acomodar a teoria da variação dentro do quadro teórico baseado no uso.
  • DOI: 10.11606/D.8.2012.tde-02082012-133430
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2012-03-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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