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Estruturas discursivas do conhecimento: o crer e o saber na construção dos sentidos

Pereira, Eliane Domaneschi

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2018-09-03

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Estruturas discursivas do conhecimento: o crer e o saber na construção dos sentidos
  • Autor: Pereira, Eliane Domaneschi
  • Orientador: Beividas, Waldir
  • Assuntos: Saber; Conhecimento; Crer; Dimensão Cognitiva; Modalidades; Memória; Modality; Memory; Knowledge; Knowing; Cognitive Dimension; Believing
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: Este é um estudo sobre a dimensão cognitiva do discurso, como definida pela semiótica de linha francesa, que parte da teoria já produzida no âmbito dessa disciplina sobre o tema e busca articulá-la e atualizá-la para melhor compreender o modo como o conhecimento é construído discursivamente. Inicialmente definida por Greimas (1983) como o espaço em que o sujeito aciona as modalidades crer e saber, agenciando-as com vistas à criação do sentido, essa dimensão é posteriormente reformulada dentro da própria teoria, notadamente por Zilberberg (1988), que a concebe como um espaço fiduciário centrado na noção de valor onde o sujeito exerce uma atividade de reconhecimento de natureza avaliativa. Para além dos limites da própria semiótica enquanto disciplina, o crer, o saber e a atividade de cunho cognitivo recobrem, enquanto tópicos de pesquisa, um amplo e intrincado campo transdisciplinar para a reflexão, que abarca, por exemplo, o milenar debate conduzido pela filosofia sobre os problemas da verdade e da crença. Desse modo, devido à natureza vasta de nosso tema assim delimitado, a fim de poder refletir e debater sobre essa ampla e multifacetada questão com alguma objetividade, adotamos primeiramente um ponto de vista epistemológico discursivo e imanente, que busca identificar, descrever e explicar como os objetos cognitivos têm seu sentido estruturado, e também como se dão alguns problemas a partir do momento em que eles são discursivizados, ou seja, postos em circulação por meio do discurso. Além disso, selecionamos quatro objetos de análise, em relação aos quais defendemos, respectivamente, as quatro hipóteses desta tese: (i) a partir da observação e exame de alguns modelos semióticos que, ao se voltarem à descrição da dimensão cognitiva do discurso, procuraram captar e representar graficamente aí uma dinâmica necessária e conexa, postulamos a existência de um princípio de movimento ligado à atividade cognitiva; (ii) por meio da análise do conto A Cartomante, de Machado de Assis, defendemos a incidência decisiva do querer nas avaliações e escolhas de ordem cognitiva; (iii) valendo-nos do estudo de dois dois erros de interpretação de sujeitos em relação aos seus objetos cognitivos (leitores que enviaram cartas aos autores de romances Umberto Eco e Virginia Woolf para corrigir o conteúdo de textos ficcionais porque eles não condiziam com a realidade e o episódio de disseminação massiva de uma notícia falsa de internet ocorrido em 2015 no Brasil), apontamos o papel fundamental da confiança na construção do conhecimento humano; (iv) e, finalmente, com base em trechos do romance Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, postulamos a ação da memória como uma instância produtora de sentido ela mesma junto ao que a semiótica entende como dimensão cognitiva do discurso.
  • DOI: 10.11606/T.8.2018.tde-07122018-093546
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2018-09-03
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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