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Interação entre o estresse agudo e o status redox no córtex pré-frontal e hipocampo modula a expressão da resposta emocional condicionada em ratos

Alessandra das Graças Fedoce Leonardo Barbosa Moraes Resstel; Sabrina Francesca de Souza Lisboa

2015

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Fedoce, Alessandra das Graças )(Acessar)

  • Título:
    Interação entre o estresse agudo e o status redox no córtex pré-frontal e hipocampo modula a expressão da resposta emocional condicionada em ratos
  • Autor: Alessandra das Graças Fedoce
  • Leonardo Barbosa Moraes Resstel; Sabrina Francesca de Souza Lisboa
  • Assuntos: ESTRESSE; ESTRESSE OXIDATIVO; HIPOCAMPO; CÓRTEX CEREBRAL
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O estresse é uma ameaça potencial ou real ao equilíbrio do organismo que requer mudanças fisiológicas, autonômicas e comportamentais imediatas, visando restabelecer a homeostasia. Uma consequência dos eventos estressantes é a maior suscetibilidade a diferentes doenças psiquiátricas, como a depressão, a ansiedade e o transtorno de estresse pos-traumatico. O estresse exerce um efeito prejudicial sobre diversas funções celulares, como diminuição da atividade de enzimas antioxidantes e aumento de danos oxidativos, de forma que muito dos efeitos deletérios do estresse têm sido associados à indução ao estresse oxidativo/nitrosativo (EON). Portanto, o primeiro objetivo deste estudo foi investigar a possível formação de espécies reativas de oxigênio (ERO) e nitrogênio (ERN) e suas consequências no cérebro (cortex pré-frontal medial-CPFM e hipocampo-HIP) de animais submetidos a um estressor agudo, o estresse por restrição (ER). Além disso, uma vez que o estresse pode desencadear alteracões comportamentais tardiamente, outro objetivo foi avaliar a resposta emocional condicionada (REC) no modelo do medo condicionado ao contexto (MCC) 2 ou 7 dias após o ER e a participação de mecanismos oxidativos/nitrosativos nesta resposta. Nossos resultados mostraram que o pré-tratamento com os diferentes antioxidantes, tempol (5 e 20 mg / kg) e NAC ( 50 e 150 mg / kg) foi capaz de atenuar a expressão da REC, ou seja, reduziu o tempo de congelamento (resposta comportamental) e, atenuou o aumento da pressão aterial média (PAM) e da frequência cardíaca (FC), e da queda da temperatura da cauda (TC- respostas autonômicas), nos animais estressados e, reexpostos ao contexto aversivo, 48 horas após o ER. A dose de 20 mg / kg de tempol atenuou a REC de animais estressados que foram reexpostos ao contexto aversivo, 7 dias após o ER. Entretanto, a dose de 50 mg / kg da NAC, não mostrou efeito 7 dias após
    o ER. Posteriormente, os mesmo antioxidantes foram administrados sistemicamente após o ER para verificar se a inibição de mecanismos oxidativos/nitrosativos poderia ainda assim prevenir as consequências na REC. Os resultados obtidos com o pré-tratamento com o tempol e com a NAC corrobororam aos nossos achados comportamentais e autônomicos avaliados durante a reexposição do animal ao contexto, ou seja, o pré-tratamento com estes antioxidantes foi responsável por diminui os danos oxidativos/nitrosativos mensurados através de alterações na expressão das enzimas superóxido dismutase (SOD), Catalase (CAT) e óxido nítrico sintase (NOS), verificamos a atividade indireta da NOS pela quantificação dos metabólitos do NO (NOx) e ainda, medimos os danos em macromoléculas através da técnica de carbonilação proteica e peroxidação lipídica. Por último, analisamos uma via de sinalização intracelular específica do NO, a S-nitrosilação, através da análise proteômica acoplada à espectrometria de massa (MS). Uma vez que alterações no equilíbrio redox foram observadas no CPFM e HIP, como último objetivo, avaliamos se a administração de tempol e NAC diretamente nestas estruturas poderia também prevenir as alterações na REC induzida pelo ER. Nossos resultados mostraram que tanto o tempol (30 e 100 nmol) quanto a NAC (5 e 25 nmol) foram capazes de atenuar a expressão da REC nos animais estressados e reexpostos ao contexto aversivo 48 horas após o ER. Desta forma, podemos concluir que alterações em mecanismos oxidativos e nitrosativos induzidos pelo estresse agudo em estruturas-chave no controle da resposta ao estresse, como o CPFM e HIP, estão envolvidas no desenvolvimento das consequências comportamentais e autonômicas no modelo do MCC. Assim, o tratamento com compostos antioxidantes em situações envolvendo a exposição a estressores agudos, como traumas, poderia ser uma ferramenta
    farmacológica interessante para prevenir o desenvolvimento de desordens psiquiátricas, como o transtorno de estresse pós-traumático. Portanto, o melhor entendimento destes mecanismos poderá possibilitar intervenções farmacológicas mais eficazes para os transtornos de estresse do que as utilizadas atualmente
  • Data de criação/publicação: 2015
  • Formato: 177 p.
  • Idioma: Português

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