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Valor preditivo da tele-eletrocardiografia no infarto agudo do miocárdio

Botelho, Roberto Vieira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2008-11-03

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Valor preditivo da tele-eletrocardiografia no infarto agudo do miocárdio
  • Autor: Botelho, Roberto Vieira
  • Orientador: Bohm, Gyorgy Miklós
  • Assuntos: Eletrocardiografia; Infarto Agudo Do Miocárdio; Tele-Eletrocardiografia; Telemedicina; Acute Myocardial Infarction; Electrocardiography; Tele-Electrocardiography; Telemedicine
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O presente estudo procurou avaliar, prospectivamente, a segurança do sistema de tele-eletrocardiografia para a liberação de pacientes que se apresentem a postos de saúde com queixa de dor torácica. Avaliamos a incidência de infarto do miocárdio dessa população ao longo de seis meses. Como objetivo secundário, correlacionamos, retrospectivamente, a razão das probabilidades entre diferentes indicadores clínicos e eletrocardiográficos e a ocorrência do infarto do miocárdio. Entre junho e dezembro de 2006, 32444 pacientes foram atendidos em postos de saúde pública, carentes de cardiologistas e tiveram o seu tele-eletrocardiograma transmitido até uma central de telemedicina, através de linha telefônica fixa. Selecionaram-se 1535 pacientes atendidos devido a dor torácica, que tinham mais de 50 anos e apresentavam exame clínico, laboratorial (troponina I ou creatino fosfoquinase fração MB-CKMB) e tele-eletrocardiográfico normais além de consentirem em repetir o tele-eletrocardiograma após um e seis meses. Todos os pacientes foram seguidos durante seis meses. Não houve eventos durante o primeiro mês. No segundo mês houve 12(0,8%) infartos; no terceiro mês, 18(1,2%); no quarto mês, 38(2,4%) e no sexto, 18(1,2%). Ao longo dos seis meses houve 15(1%) óbitos, sendo 9(0,6%) de origem cardíaca; 9 (0,6%)acidentes vasculares encefálicos e 86(5,6%) infartos agudos do miocárdio. Entre as variáveis que se correlacionaram, independentemente, com maior chance de infarto agudo do miocárdio, encontrou-se a obesidade grau I [p=0,009 RC 4,5 IC 95%(1,5-13,8)], a dislipidemia [p< 0,0001 RC 3,4 IC 95%(2,0-5,8)], a baixa amplitude da onda T em V2 [p<0,001 RC 2,9 IC 95%(2,4-3,5)] e o sobrepeso [p=0,019 RC 2,6 IC 95%(1,2-5,7)]. Cada 0,5mm de redução na amplitude da onda T aumentou em quase três vezes a chance de ocorrência do infarto agudo do miocárdio durante seis meses. O tabagismo apresentou forte tendência [p=0,057 RC 1,7 IC 95%(1,0-2,8)] à regressão logística binária e foi significante após análise por árvore de decisão. Estes resultados permitiram as seguintes conclusões: o sistema de tele-eletrocardiografia oferece alta segurança ao estratificar o risco de pacientes com exame clínico, laboratorial e tele-eletrocardiográfico normais, queixando-se de dor torácica. Identificou-se, ao longo dos seis meses, a população de maior chance de apresentar o evento através de variáveis clínicas (obesidade, dislipidemia, tabagismo e sobrepeso) e tele-eletrocardiográficas (amplitude da onda T em V2), que determinaram, independentemente, a ocorrência de infarto agudo do miocárdio
  • DOI: 10.11606/T.5.2008.tde-29012009-134020
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2008-11-03
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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