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(Re)pensando a assistência: contribuições da psicanálise para as políticas públicas no enfrentamento do ciclo da repetição na violência contra a mulher

Chagas, Luciana Ferreira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2019-12-09

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    (Re)pensando a assistência: contribuições da psicanálise para as políticas públicas no enfrentamento do ciclo da repetição na violência contra a mulher
  • Autor: Chagas, Luciana Ferreira
  • Orientador: Moretto, Maria Livia Tourinho
  • Assuntos: Políticas Públicas; Responsabilidade; Violência Contra A Mulher; Repetição; Psicanálise; Public Policies; Psychoanalysis; Responsibility; Violence Against Women; Repetition
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Essa tese tem como eixo central a articulação entre o problema do ciclo repetitivo da violência contra a mulher, as políticas públicas e a psicanálise. Tanto as pesquisas acadêmicas, como as Políticas Públicas a respeito da violência contra a mulher, apontam o chamado ciclo da violência, que aparece nesse contexto como um problema de difícil resolução, indicando que essa questão, deixa de ser um problema privado e passa a ser um problema público. Na rede pública temos, entre outros, o serviço dos Centros de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), espaços especializados para o atendimento, contando com a inserção da psicologia. Apesar da dificuldade apresentada por essas mulheres em mudarem o seu padrão de comportamento, as Políticas Públicas vêm propondo o serviço de atendimento psicológico priorizando a psicoeducação com conscientização e empoderamento apresentando-se carente de intervenções da psicologia clínica. Reconhecemos o progresso no enfrentamento à violência, entretanto é crucial mantermos a posição de avanço no campo da intervenção. Sendo assim, acreditamos que a intervenção clínica merece atenção especial na tática ao enfrentamento, confiando que a psicanálise possa contribuir ao propor que esse ciclo da violência seja escutado como um novo caminho a partir do conceito próprio de repetição, indicando os fundamentos pelos quais interessa ao psicanalista aquilo que se repete, apontando uma possível direção para um tratamento: a repetição como dado clínico. Cientes da relevância desse problema, nosso objetivo é criar novas estratégias de inserção da clínica psicanalítica nos equipamentos públicos para que possamos avançar no tratamento do ciclo da violência, a partir da escuta do sofrimento singular, contribuindo com outros profissionais na rede de atenção à mulher em situação de violência. Para isso, a partir da teoria psicanalítica, discute-se inicialmente o conceito de repetição, apontando a lógica do funcionamento inconsciente que sustenta/funda nossos comportamentos, enfatizando a repetição como evidência de um funcionamento psíquico próprio de cada mulher. Apresenta-se a noção psicanalítica de responsabilização, diferenciando-a de culpabilização, apontando os efeitos da implicação de cada sujeito em sua queixa e seu sintoma, indicando a importância em investigarmos o tipo de relação que cada mulher estabelece, não apenas com a situação violenta como acontecimento, mas com o ciclo da repetição como experiência. Conclui-se que ao vivenciarmos de modo sadio a experiência da responsabilização, temos a chance de decidir sobre determinada situação, implicando-nos em nossas escolhas e nas consequências decorrentes dessas. Conclui-se ainda a relevância do atendimento transdisciplinar, considerando as diferentes áreas de saber envolvidas, incluindo o saber da mulher e outras pessoas envolvidas em cada situação, oferecendo à essas mulheres também um espaço de fala, onde possamos escutar cada mulher em sua experiência singular, escuta clínica, onde elas possam posicionar-se subjetivamente, na direção do rompimento do ciclo da violência, emergindo como autoras de sua própria história
  • DOI: 10.11606/T.47.2020.tde-07052020-185636
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2019-12-09
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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