skip to main content

Uma relação sempre atual: a liberdade recalcitrante de Michel Foucault

Ibarra, Andres Alfredo Rodriguez

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2008-05-09

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Uma relação sempre atual: a liberdade recalcitrante de Michel Foucault
  • Autor: Ibarra, Andres Alfredo Rodriguez
  • Orientador: Nascimento, Milton Meira do
  • Assuntos: Subjetividade; Segunda Clínica Lacaniana; Poder Pastoral; Perspectivismo Ameríndio; Michel Foucault; Liberdade; Intelectuais; História Da Verdade; Governamentalidade; Ética; Atitude Crítica; Cuidado De Si; Corpo; Subjectivity; Second Lacanian Clinic; Body; Care Of The Self; Pastoral Power; Liberty; Critical Attitude; Intellectuals; History Of Truth; Ethics; Governmentality; Amerindian Perspectivism
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Filosofia
  • Descrição: A presente tese parte da afirmação reiterada e desconcertante desse filósofo francês de que ele não seria, de modo algum, um \"teórico do poder\", para mostrar que, para além das discussões em torno de se o primeiro Foucault (da arqueologia dos saberes), o segundo (da genealogia do poder), ou o terceiro (da ética e das condutas individuas), seria o mais importante, o \"melhor\", é possível falar numa unidade no que diz respeito à trajetória do seu pensamento e que essa unidade se dá em torno das relações políticas entre os homens, o que faz com que ele seja, eminentemente, um pensador da política, ou melhor, do político. Só que a política tal qual ele a entende não tem nada a ver com a aquela dos teóricos da política ou do poder e, sim, com a relação que ele passou a perseguir em um determinado momento dessa trajetória: a relação entre governantes e governados. Essa relação, cuja percepção se tornou possível por meio do conceito de governamentalidade, gestado no ano de 1978, constitui-se numa nova \"grade de leitura\" para a política, que permite: 1) dar um basta à idéia de que haja, nesse âmbito, modelos universais que possam dar respostas a todos os tipos de questões--modelos esses que legitimam a existência de \"intelectuais universais\", incumbidos de conceber esses modelos e apresentá-los aos \"explorados\" e \"ignorantes\", prometendo-lhes a sua libertação, bem como da \"vida política\" nas atuais democracias representativas--; 2) conceber uma noção de liberdade--enquanto uma relação entre governantes e governados que não possui limites a priori--que escapa à da tradição liberal que, gestada nos séculos XVII-XVIII, se tornou hegemônica no Ocidente a partir do século XIX, não só no plano discursivo, mas enquanto realidade sócio-econômica global. Onde quer que existam essas relações--e elas sempre existirão, para Foucault, do micro ao macro--é necessário que seja possível, sempre, pô-las sob questão; o que só acontece quando o pensamento é deixado solto para ser capaz de levantar o maior número de conflitos possível--e não de consensos--; para, crítico, apontar o maior número de problemas a serem resolvidos dentro do âmbito dessas. Algumas dessas relações irão, então, se sustentar, conseguir se justificar; outras, não, terão que ser revistas, num interminável trabalho de extensão dos limites da liberdade humana. Essa nova noção de liberdade, por sua vez, traz consigo a possibilidade de interrogação do fenômeno da subjetividade, na medida em que são sujeitos, sempre, os que participam dessas relações entre governantes e governados. Por isso, o presente trabalho se esforça em mostrar percursos intelectuais que, tendo sido percebidos e diretamente abordados por Foucault (caso de Kant e de Platão) ou não (segunda clínica lacaniana e perspectivismo ameríndio), mantêm, na ênfase que dão ao sujeito, uma visada em comum com a empreitada foucaultiana.
  • DOI: 10.11606/T.8.2008.tde-05082008-083357
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2008-05-09
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.