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Análise estratigráfica da Bacia Corumbá (Neoproterozóico) - Mato Grosso do Sul

Paulo César Boggiani 1962- Armando Márcio Coimbra

1998

Localização: IGC - Instituto de Geociências    (T B674 PC.a )(Acessar)

  • Título:
    Análise estratigráfica da Bacia Corumbá (Neoproterozóico) - Mato Grosso do Sul
  • Autor: Paulo César Boggiani 1962-
  • Armando Márcio Coimbra
  • Assuntos: ESTRATIGRAFIA
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O estudo teve como objetivo a análise estratigráfica do Grupo Corumbá. Esta unidade aflora na região central da América do Sul com exposições no Planalto da Bodoquena e nos arredores do Maciço de Urucum, constituindo parte da Faixa de DobramentosParaguai e da cobertura cratônica. A Faixa de Desdobramentos Paraguai, relacionada ao evento orogenético Pan - Africano - Brasileiro, ocorre a sudeste do Cráton Amazônico e a leste do Bloco Rio Apa, onde compreende metassedimentosneoproterozóicos, de baixo grau metamórfico, que se estendem sobre o cráton. São características desta unidade geotectônica a deformação polifásica, com dobras isoclinais e falhas de empurrão de vergência para oeste e noroeste, e o escassoregistro vulcânico básico. Apresenta extensão de 1500 km, com exposições em Goiás (sudoeste), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, formando o conjunto um grande arco com a convexidade voltada para o cráton. Apesar das diversas e controvertidassubdivisões estratigráficas propostas para as unidades aflorantes, é possível distinguir três conjuntos. O inferior é representado pelo Grupo Cuiabá, caracterizado por metassedimentos predominantemente pelíticos de caráter turbidítico. Oconjunto médio é marcado por sucessões carbonatadas (Grupo Corumbá e Formação Araras) recobrindo sedimentos glácio-marinhos (Formação Puga). O superior é representado por arenitos e folhelhos continentais (Grupo Alto Paraguai). As
    unidadescarbonáticas pertencem ao Grupo Corumbá, na porção meridional da faixa, e à Formação Araras ao norte, originadas em contextos ambientais e estratigráficos distintos. O Grupo Corumbá é representado por sucessão de aproximadamente 700 m deespessura. Apresenta, na base, conglomerados, arenitos e pelitos (formações Cadiueus e Cerradinho) passando a dolomitos (Formação Bocaina) e calcários e pelitos carbonosos (Formação Tamengo), recobertos por espesso pacote pelítico (FormaçãoGuaicurus). Na Formação ) Tamengo, são encontrados os fósseis metazoários Cloudina e Corumbella, enquanto que na Formação Bocaina há abundante registro estromatolítico associado a ocorrências de rochas fosfáticas. O Grupo Corumbá, como um todo, possuiregistro estratigráfico típico das demais sucessões neoproterozóicas pós-glaciação Varanger, relacionado a rifting de supercontinente neoproterozóico, provavelmente o Pannotia. A investigação de isótopos de C e O permitiu identificar, naFormação Tamengo, a variação de 'delta POT.13''C IND.PDB' de valores negativos (-3'POR MIL') para positivos (+5'POR MIL), interpretada como incursão positiva ediacariana, também encontrada em demais sucessões carbonáticas pós-glaciação Varanger.O estudo de fáceis sedimentares possibilitou definir duas seqüências estratigráficas relacionadas à evolução de bacia rift-to-drift, aqui definida como Bacia Corumbá. A primeira seqüência (estágio rift), essencialmente terrígena, é constituídapelas
    formações Cadiueus e Cerradinho. A segunda (estágio drift) abrange as formações Bocaina, Tamengo e Guaicurus. Separando as duas seqüências, foi identificada marcante superfície erosiva, denominada Superfície de Aplainamento Pedra Branca. AFormação Araras, exposta na porção norte e nordeste da Faixa Paraguai, na Serra das Araras e no Sinclinal da Guia, apresenta distribuição faciológica relativamente mais homogênea do que a encontrada no Grupo Corumbá. A metade inferior daFormação Araras é formada por calcários calcíticos e ritmitos (calcário/folhelho carbonoso) e a superior por dolomitos com estromatólitos. A deposição destes carbonatos teria ocorrido em provável mar epicontinental, com passagem gradativa parasedimentação continental das formações Raizama, Sepotuba e Diamantino. Fechando a evolução geológica da Faixa Paraguai, ocorreram deformações tectônicas brasilianas, mais intensas nas porções orientais da faixa, seguidas de magmatismo granítico ) pós-tectônico, com idade ao redor de 500 Ma
  • Data de criação/publicação: 1998
  • Formato: 181 p.
  • Idioma: Português

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