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Identificação de culicídeos, fontes sanguíneas e vírus em sequenciamento único por nanoporos durante surto de febre amarela na Serra da Cantareira, São Paulo

Rocha, Esmenia Coelho

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2023-10-26

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Identificação de culicídeos, fontes sanguíneas e vírus em sequenciamento único por nanoporos durante surto de febre amarela na Serra da Cantareira, São Paulo
  • Autor: Rocha, Esmenia Coelho
  • Orientador: Camara, Tamara Nunes de Lima; Fernandes, Lícia Natal
  • Assuntos: Arbovírus; Nanoporos; Metagenômica; Fonte Sanguínea; Febre Amarela; Culicidae; Blood Source; Metagenomics; Nanopore; Arboviruses; Yellow Fever
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O vírus da febre amarela é transmitido por fêmeas de mosquitos infectadas durante o repasto sanguíneo. Na epidemia de febre amarela de 2017/2018, regiões metropolitanas do país próximas a áreas de Mata Atlântica foram atingidas, despertando a preocupação de estabelecimento de ciclo enzoótico. No estado de São Paulo, especialmente no Parque Estadual Alberto Löfgren a população de Alouatta guariba clamitans (bugio-ruivo) foi praticamente extinta, mas outras espécies de primatas não-humanos (PNH) de menor densidade resistiram. Neste trabalho, identificamos as fontes sanguíneas de mosquitos do parque e de outras localidades da Serra da Cantareira. As coletas foram realizadas no período diurno, a partir do pico da epidemia, em dezembro de 2017, até março de 2020, totalizando 130 dias de coleta. Do total de 5001 fêmeas coletadas, 163 possuíam vestígio de sangue no abdômen, que foram individualizadas para detecção da fonte alimentar, com cabeça e tórax separados. Foi utilizada a técnica de sequenciamento por nanoporos com primers mitocondriais, para a identificação dos hospedeiros vertebrados, e primers randômicos, a fim de detectar o vírus amarílico possivelmente presente nas amostras. Foi identificada a fonte alimentar de 107 (65,6%) fêmeas distribuídas em 19 diferentes espécies. Dessas, 54,6% continham sangue de mamíferos, 6,7% continham sangue de aves e 4,3% apresentaram repastos sanguíneos mistos. As espécies de vertebrados detectadas foram: humano, Callicebus nigrifrons (PNH), cão, gambá-de-orelha-preta, rato-do-mato, urubu-preto, garça e nove diferentes espécies de aves passeriformes. Os repastos mistos foram humano e cão, e humano e ave. Não foi encontrado sangue de bugio nas amostras. Haemagogus leucocelaenus, reconhecidamente vetor do vírus amarílico, teve uma amostragem de 37 fêmeas com repasto sanguíneo, sendo 35 com sangue humano e 2 com sangue de PNH. Dois espécimes de Haemagogus janthinomys/capricornii, outro vetor conhecido, se alimentaram apenas de sangue humano. Foi detectado vírus amarílico em uma fêmea de Hg. leucocelaenus ingurgitada com sangue humano, sendo a infecção do mosquito confirmada por RT-qPCR, que apresentou resultados positivos em cabeça e tórax, separadamente. Nossos dados alertam para a antropofilia das espécies que atuam no ciclo de transmissão do vírus da febre amarela, principalmente na ausência de bugios. Além disso, os resultados confirmam a circulação do vírus na região estudada e o papel de Hg. leucocelaenus na região
  • DOI: 10.11606/D.5.2023.tde-02022024-122832
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2023-10-26
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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